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Qual a doença de Lexa? Especialista explica a tireoidite de hashimoto

Em entrevista à CARAS Brasil, a nutróloga Fernanda Cortez explicou detalhes sobre a tireoidite de hashimoto, doença enfrentada por Lexa

por Surenã Dias

sdias_colab@caras.com.br

Publicado em 12/09/2023, às 17h50

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Lexa revelou diagnóstico de tireoidite de hashimoto durante entrevista ao PodPeople - Foto: Reprodução / Instagram
Lexa revelou diagnóstico de tireoidite de hashimoto durante entrevista ao PodPeople - Foto: Reprodução / Instagram

A cantora Lexa (28) deixou muitos fãs impactados ao revelar que sofre de uma doença autoimune. Segundo a artista, ela foi diagnosticada com tireoidite de hashimoto, problema de saúde que atinge significativamente a memória e a saúde mental de muitas pessoas. 

"Fui fazer uns exames que minha ginecologista pediu. E aí eu descobriu que eu tenho uma doença chamada tireoidite de hashimoto... A minha memória parece que é meio curta, tenho esquecimentos o tempo inteiro. Percebi algumas coisas, mas o esquecimento era o pior de todos", afirmou ela em participação no PodPeople.

Em entrevista à CARAS Brasil, a nutróloga Fernanda Cortez, especialista em endocrinologia e diabetes, explicou alguns detalhes sobre a doença. Segundo ela, é necessário cuidados bem específicos para conseguir o diagnóstico. 

"A Tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune em que a tireoide se auto ataca, liberando anticorpos contra si mesma. Com o passar do tempo, essa inflamação causada por essa doença autoimune pode levar à inflamação da tireoide, e essa inflamação, ao longo do tempo, pode resultar em uma produção reduzida de hormônios, levando ao hipotiroidismo", disse. 

"Portanto, são duas doenças distintas. A Tireoidite de Hashimoto é uma doença autoimune que pode coexistir com o hipotiroidismo, pois essa baixa produção de hormônios da tireoide pode se desenvolver a partir dela. Ela costuma destruir progressivamente as células da tireoide", completou.

Os sintomas da tireoidite de hashimoto são muito semelhantes aos do hipotiroidismo e incluem fadiga, sonolência excessiva, pensamento lento, dificuldade de memória, prisão de ventre, pele seca, unhas fracas, entre outros.

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A médica conta que a doença tem causas genéticas, mas também pode ter influência de hábitos da rotina, como uma dieta desequilibrada. "O tratamento é multidisciplinar e inclui não apenas a identificação dos anticorpos da tireóide, mas também mudanças na alimentação", revelou. 

"Isso pode envolver a eliminação do glúten, adoção de uma dieta anti-inflamatória com baixo teor de glúten, lactose e alimentos processados, e a suplementação com substâncias como ômega-3 e vitamina D em doses adequadas para reduzir a inflamação", completou. 

Apesar da tireoidite de hashimoto não ter cura, Fernanda Cortez aponta que o tratamento adequado é importante para controlar a doença e proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente. "O tratamento pode envolver a administração de medicamentos para controlar a doença autoimune", disse. 

"A atividade física regular também pode ajudar a controlar a inflamação no corpo, beneficiando a tireoide e prevenindo a progressão da doença para o hipertireoidismo", finalizou.