CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

Luiza Possi diz que o tempo a ajudou a encontrar seu caminho na música

Rumo aos 30 anos e no sétimo álbum, cantora pontua otimismo em viagem a Lisboa

CARAS Publicado em 10/01/2014, às 12h11 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Luiza Possi - João Lima/Caras Portugal
Luiza Possi - João Lima/Caras Portugal

Faltando seis meses para completar 30 anos, Luiza Possi só tem a agradecer ao tempo. Ao contrário de muitas pessoas, a cantora não o vê como inimigo, mas sim como um grande aliado em suas conquistas e aprendizados pessoais e profissionais. “Ele ajudou a minha voz a amadurecer e também a encontrar meu caminho na música, que é ser mais despojada dentro da MPB. Aprendi a focar, ir atrás dos meus objetivos. Os obstáculos existem, mas, se for algo que não está dentro de você, é possível passar por eles. Sou uma fiel otimista”, fala Luiza, que apreciou as paisagens de Lisboa, cidade pela qual é apaixonada.

Durante tour pela capital portuguesa, ela descobriu recantos pouco visitados pelos turistas, definição que prefere não dar a si mesma quando está lá. “Gostei de ficar sozinha, descobrindo lugares. Fiz amigos  por lá, que me levaram para ouvir fado em um local pouco frequentado por quem não mora no país. Conheci um restaurante onde comi um bacalhau maravilhoso. Adoro andar de bicicleta e ir a lugares tradicionais, como a Torre de Belém e passear pelo rio Tejo”, fala Luiza, filha da cantora Zizi Possi (57) com o músico, produtor e empresário Líber Gadelha (57).

Após participar do programa The Voice Brasil, da Globo, no qual foi assistente do cantor Daniel (45) e o ajudou a preparar seu time de talentos, a estrela lança agora o sétimo álbum da carreira, Sobre o Amor e o Tempo, e mostra estar em uma fase de “céu azul”. Após dois duradouros casamentos — com o publicitário Nelson Rubens Junior (33), com quem se relacionou por seis anos, e o ator Pedro Neschling (31), seu eleito por três anos —, a cantora diz que, apesar de ter gostado da experiência, agora vivencia as delícias da solteirice e aprendeu a ficar sozinha e focada em si mesma. “Gostei de estar casada, mas estou bem assim. Se chegar alguém legal, vai ser ótimo, me casaria novamente. Mas não me sinto ‘encalhada’. (risos) Aos 30, você não quer qualquer pessoa”, pontua Luiza, que no futuro se vê morando em uma casa de praia, casada e com filhos.

– Quais as diferenças entre o início da sua carreira e agora?

– Quando olho para trás, vendo fotos, vídeos, me vejo com muito carinho e me deparo com meu olhar daquela época, muito ingênuo, inocente. Isso foi mudando e fui colocando o pé no chão, ganhando mais força, espaço. Minha voz deixou de ser de menina e ganhou um tom mais encorpado.

– Você tem vontade de ser apresentadora?

– Sim, adoro televisão e rádio e quero muito ter um programa meu, voltado para a música. Tenho várias coisas em mente, mas ainda nada concreto.

– Acha que está mais bonita agora do que aos 20 anos?

– Bem mais bonita. Não sinto o peso dos 30 anos, sinto que o meu corpo está chegando em um momento de força, plenitude e que estou quase no auge, tendo credibilidade, cara de adultam de mulher. O meu olhar tem mais consciência das coisas, perdeu um pouco daquela ingenuidade. Hoje sei onde estou, o que quero, o que me faz bem e o que não faz.

– Por exemplo?

 – Hoje estou bem solteira. Se eu achar alguém legal vai ser ótimo, mas tenho uma tranquilidade, não me sinto ‘encalhada’, estou na minha. Quando você tem 30 anos, não ‘fica’ mais com alguém só por ‘ficar’, você leva em consideração algumas coisas, se a pessoa é legal, como ela ‘funciona’, que tipo de vida leva. Não é qualquer coisa.

– Você está bem esguia. Faz dieta e exercícios físicos?

– 2010 foi o auge da minha ‘gordice’. (risos) De lá para cá, acho que já emagreci uns 12kg. Descobri o que me faz mal e parei de ingerir, como glúten e leite. Comecei a comer a metade do que comia e a fazer exercícios, aeróbico e musculação. Às vezes, dá vontade de comer chocolate, mas como só um pedaço, e não a barra inteira.

– É sua melhor fase? 

– Não sei. Já tive tantas fases boas, já tive namorado que compunha músicas, que era parceiro de aventuras, já fui solteira, casada, sofri nos momentos em que tive de sofrer. Sem sofrer a gente não sabe ser feliz. Por mais que a gente não queira, temos de aceitar o sofrimento como parte do nosso crescimento e agora é uma fase que vejo o céu azul. Lutei para estar onde estou. Nada veio de graça.

– Como se vê daqui a dez anos?

– Feliz, mais realizada e mais calma, menos ansiosa e querendo menos provar tanta coisa para mim e para o mundo. Me vejo trabalhando muito, morando na praia, em uma casa gostosa, casada. Tenho vontade de ser mãe, mas só se tiver um pai legal, um cara bacana. Por enquanto, o relógio biológico não ‘apitou’. 

– Tem medo de envelhecer?

– Acho injusto dizer que não. Mas tenho medo de não estar com a cabeça tão madura a ponto de acompanhar o envelhecimento do corpo. Vou adorar curtir cada fase; não quero ficar fazendo coisas que não fiz na juventude, nem ter o corpo que tenho hoje. Não faria plástica nem colocaria botox. Tenho pavor, medo, nunca fiz absolutamente nada.

– O que o tempo lhe ensinou?

– A ter calma, contar comigo mesma, saber ficar sozinha, sem ansiedade. Não apenas com relação a namoros, mas em casa, por exemplo. Sempre tive dificuldade de ficar sozinha, por exemplo, desde que nasci. Mas o tempo e as minhas escolhas serviram como um grande aprendizado.

– Você já foi casada duas vezes. Qual o segredo para a relação não cair na rotina?

– Minha vida nunca teve rotina e isso ajuda. Viajo muito e não conseguiria pensar em um relacionamento que não tivesse essa ‘realidade’. Ter esse distanciamento é ótimo. Mas acho que, para dar certo, você precisa ter cuidado com o outro. Essa preocupação existe quando você começa a namorar e depois ela some. Você tem de continuar querendo envolver, seduzir. Eu era boa nisso. (risos)

– Quais seriam as características da pessoa ideal para estar ao seu lado em uma relação?

– Eu sou romântica até demais, mando flores para o namorado... Então, acabo acreditando nas pessoas, nas palavras. Alguém assim seria bom, mas o mundo não é tão romântico. Mas eu quero aquela pessoa que tem calma para viver, que não faz as coisas de qualquer jeito.