Saiba mais sobre a carreira e vida pessoal do apresentador brasileiro que revolucionou a TV nacional
José Eugênio Soares, nasceu no dia 16 de janeiro de 1938 no Rio de Janeiro. Filho de Mercedes Leal e Orlando Soares, sua mãe era dona de casa e o seu pai empresário.
O humorista teve acesso a uma educação elitizada e de qualidade, chegou a estudar no Colégio São Bento no Rio de Janeiro, e na adolescência viveu nos Estados Unidos.
Jô estudou, ainda, na Suíça. Por lá, iniciou estudos para uma carreira diplomática, mas acabou precisando interromper e voltar para o Brasil, porque a família passava por problemas financeiros.
Por outro lado, a vinda do artista ao país foi o pontapé para o início de sua carreira artística consolidada. Ele era extremamente culto, poliglota e um verdadeiro apaixonado pela arte e cultura, tanto que em 1954, fez o filme “Rei do Movimento”.
No cenário televisivo, sua estreia foi na Record no programa “Praça da Alegria”, em 1956. No mesmo ano esteve em de “De pernas pro ar”. O filme conta a história de um servente de teatro e um camelô que trocam suas malas com bandidos.
Já no ano de 1957 foi a vez de “Pé na Tábua" e depois em 1959 se destacou em “O homem do Sputnik", de Carlos Manga .
Na produção “A Família Trapo” foi roteirista e ator. Além dele, Carlos Alberto de Nóbrega também roteirizou a trama.
No entanto, a primeira grande virada do artista foi quando assinou pela primeira vez com a TV Globo em 1970, assim estreou “Faça Humor. Não Faça Guerra”. Na emissora também esteve à frente do “Viva o Gordo”.
Entre os personagens icônicos de Jô estão: “Norminha”, “Mordomo Gordon” ,”Capitão Gay” e muitos outros.
Em 1988, foi para o SBT e estreou o primeiro talk show brasileiro, chamado de “Jô Soares Onze e Meia”, programa que ele ficou no comando até 1999 e que programa foi um grande sucesso, revolucionando o formato no país.
Já no ano 2000, Jô Soares voltou para TV Globo, onde começou a apresentar o “Programa do Jô”, função que exerceu até o ano de 2016. Entre as grandes entrevistas realizadas tem nomes como Hebe Camargo, Roberto Carlos, Naomi Campbel e Marisa Monte.
Acredita-se, ainda, que ao longo da carreira o apresentador fez cerca de 15 mil entrevistas. Bastante coisa, né? A última entrevista do programa foi com o cartunista Ziraldo.
Durante muitos anos a banda que o acompanhava no programa ganhou fama nacional. O sexteto de músicos tinha Chico Oliveira no trompete, Bira no baixo, Miltinho na bateria, Osmar nos teclados e Derico no sax.
Além disso, ficou amplamente pelo seus bordões, sendo um dos mais famosos do apresentador o “beijo do gordo”.
Jô Soares era um verdadeiro apaixonado pelo teatro, além de ter atuado em peças, ele também era dramaturgo. Dirigiu e protagonizou algumas, sendo as mais famosas: “Viva o gordo e abaixo o regime” (1978), “O gordo ao vivo” (1988) e “Na mira do gordo” (2007).
Na literatura publicou diversos livros, entre eles estão: “Xangô de Baker Street” (1995), “O homem que matou Getúlio Vargas” (1998) e “As esganadas" (2011).
Na escrita, também foi colunista e publicou textos para jornais como Folha de S.Paulo e O Globo, além da Revista Veja. Já em 2016, Jô Soares foi eleito para a Academia Paulista de Letras.
Na vida pessoal, o apresentador foi casado com Therezinha Millet durante os anos de 1959 a 1979. Juntos eles tiveram um filho chamado Rafael Soares, que infelizmente faleceu em 2014.
Outros relacionamentos notórios do artista foram com as atrizes: Sylvia Bandeira, Cláudia Raia e Mika Lins. O último relacionamento divulgado pela imprensa foi a relação com a designer gráfica Flávia Junqueira.
Infelizmente, no dia 05 de agosto de 2022, aos 84 anos, Jô Soares veio a falecer. A causa da morte do artista não foi divulgada, o pedido foi feito, ainda, em vida pelo próprio apresentador.
William Bonner Júnior nasceu no dia 16 de novembro de 1963, na cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo. O jornalista é filho de Maria Luísa e do pediatra William Bonemer, os dois são imigrantes libaneses.