CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil
Teatro / PERSONAGEM

Mateus Ribeiro encarna papel oposto à sua realidade em peça LGBTQIA+: 'Bem diferente'

Em entrevista à CARAS Brasil, Mateus Ribeiro refletiu sobre a importância da peça LGBTQIA+ e falou sobre diferenças com seu personagem

Mateus Ribeiro estrela The Boys In The Band - Os Garotos da Banda - Foto: Rafael Cusato
Mateus Ribeiro estrela The Boys In The Band - Os Garotos da Banda - Foto: Rafael Cusato

Mateus Ribeiro encarna mais um papel na carreira teatral como a estrela de The Boys In The Band - Os Garotos da Banda, que estreia nesta terça-feira, 31, no Teatro Procópio Ferreira. Em entrevista à CARAS Brasil, o ator refletiu sobre a importância da peça LGBTQIA+ e falou sobre as diferenças com o personagem oposto à sua realidade: "Bem diferente".

"O Michael é muitas coisas que a gente espera que as pessoas não sejam. Ele é um cara complexo, tem muitos problemas de aceitação com ele mesmo. Não só com a parte externa - ele tem muitas questões com o visual dele ao estar envelhecendo - mas também com a parte interna dele, porque ele não se aceita muito", explicou Mateus Ribeiro, que garantiu a personalidade difícil do personagem. 

Apesar de entregar o entusiasmo para viver o papel, o ator revelou que não compartilha muitas semelhanças com o protagonista de The Boys In The Band: "Como todo ser humano, a gente vai ter coisas em comum. Mas, graças a Deus, eu me vejo bem distante dele, porque ele realmente é uma pessoa com falas e atitudes bem problemáticas".

"Fico orgulhoso de falar que a gente não tem muito em comum. Mas, para mim, como ator, isso é muito legal, porque é um ser humano complexo que estou entendendo, me dá muito material para trabalhar", acrescentou Mateus Ribeiro. 

O ator aproveitou para citar uma das características na qual ele é oposto ao personagem: "Eu nem bebia álcool. Comecei a beber há um ano e meio, dois anos, e o Micheal já tem problemas com isso. Enquanto estou começando a beber, ele está tentando parar. Somos pessoas bem diferentes".

Com assuntos como amor e solidão dentro da peça de temática LGBTQIA+, o ator ainda refletiu sobre a história da produção teatral, que se originou em 1968 nos Estados Unidos e inaugura a segunda montagem brasileira. "Espero que a comunidade LGBTQIA+ se sinta abraçada e representada, que as pessoas se enxerguem lá, não só as da comunidade, como todas as pessoas".

Leia também: Júlio Oliveira destaca força de nova peça para cultura LGBTQIA+: "Continua atual"

"Espero que a gente consiga falar: 'Nossa, isso foi feito em 1968, que coragem. Que legal que já amadurecemos várias questões e que já evoluímos em vários sentidos. Espero que daqui a vários anos, quando o espetáculo for remontado, que a gente já tenha evoluído mais e que, talvez, as falas do Michael sejam ainda mais absurdas, que a gente continue caminhando para um mundo melhor", completou Mateus Ribeiro.