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Noivas / Anuário 2012

NOIVAS: Acordes inesquecíveis - Entre músicas contemporâneas e clássicas, monte a sua trilha sonora

Do clássico Bach ao rock do Iron Maiden, saiba como criar a trilha sonora perfeita para embalar a sua cerimônia religiosa

Redação Publicado em 02/07/2012, às 10h56

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Tradição - A música clássica predomina nos casamentos, mas outros ritmos ganham espaço - Irit Tommasini
Tradição - A música clássica predomina nos casamentos, mas outros ritmos ganham espaço - Irit Tommasini

A música desperta sentimentos profundos e, não raro, nos emociona. Como uma forma de comunicação, está presente no nosso dia a dia e é capaz de nos transportar até lembranças queridas do nosso passado. Mas, muitas vezes, foi o acaso quem escolheu a música certa para aquele instante. Na celebração do casamento, no entanto, os noivos têm a chance de, eles próprios, criarem a trilha sonora de um momento muito especial.

O canto e a música possuem ainda uma forte conexão com os rituais e festividades. Eles refletem, e também reafirmam, a solenidade do casamento. Por isso, é preciso respeitar o ambiente, optar por músicas que sejam coerentes com a ocasião e, de preferência, não deixar que façam essas escolhas por você. “Se outra pessoa organiza tudo, perde a graça”, diz a cantora lírica Sheila Minatti. “Essa é uma oportunidade dos noivos oferecerem várias músicas para pessoas queridas e é sempre mais legal quando eles vêm com uma proposta pessoal”, completa Sheila.

O tom das celebrações do casamento judaico, por exemplo, é dado por músicas românticas e alegres. Quem canta é o chazan, um espécie de cantor litúrgico, que pode ou não estar acompanhado de um coral ou orquestra. Na cerimônia católica, realizada na Igreja, o mais tradicional é ver a noiva entrar ao som das marchas nupciais de Mendelssohn, a mais conhecida, ou de Wagner. Mas, atualmente, Something, dos Beatles, Fascinação, famosa na voz de Elis Regina, e Só Tinha de Ser com Você, de Antônio Carlos Jobim, são opções modernas muito pedidas. Afinal, “só tinha de ser com você, havia de ser pra você, senão era mais uma dor, senão não seria o amor”, certo? Já a entrada do noivo pode acontecer ao som da clássica Jesus Alegria dos Homens, de Johann Sebastian Bach, Conquest of Paradise, de Vangelis, ou Docemente, de Luciana Souza, porque ele também tem um “jeito lindo de chegar”.

Apesar de as músicas contemporâneas serem cada vez mais comuns, a maioria dos casais ainda segue a linha tradicional. “Cerca de 90% dos noivos pedem músicas clássicas”, diz Elizete Costa Ferreira, produtora
de eventos do Coral Baccarelli. Mas hoje, nos momentos mais leves, como a entrada das daminhas, os cumprimentos e a saída, já se escolhe algo mais moderno. Para as crianças, temas de filmes infantis ou solos de instrumentos como a flauta combinam bem. Na hora dos cumprimentos, uma das sugestões de Sheila é Valsinha, de Chico Buarque. A letra fala de um casal que de tão feliz iluminou toda a cidade. “E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais, que o mundo compreendeu e o dia amanheceu em paz”.

Há quem acredite que a letra é fundamental para se criar uma energia mesmo que no arranjo não haja voz. Mas outros não dão tanta importância a isso. “Às vezes usamos apenas instrumentos ou só cantamos uma parte”, conta Elizete. Esse foi o caso da versão matrimonial de Fear of the Dark, do Iron Maiden. “Nesse caso, só cantamos a frase fear of the dark”, relembra Elizete. Para ela, qualquer música pode ser adaptada para um casamento, de samba a rock. “Temos uma lista com mais de 5 mil títulos que inclui desde clássicos até U2, Coldplay, Metallica, Guns N’ Roses e Michael Bublé”, diz. Mas, se ainda assim os noivos quiserem um novo arranjo, eles o terão por R$ 970 adicionais. 

O orçamento, aliás, pode influenciar bastante na escolha do repertório. “Para os arranjos de música clássica é preciso um grupo maior, com pelo menos quatro violinos”, afirma Sheila. Já se a ideia é uma trilha sonora composta por músicas populares brasileiras, teclado, flauta, percussão, violoncelo e uma voz podem dar conta do recado. “MPB costuma ser uma saída mais econômica”, diz a cantora. A maestrina Rita Del Chiaro, diretora artística do Coral Del Chiaro, alerta para o risco de se oferecer adornos e instrumentos com efeitos visuais que encarecem o pacote e desviam a atenção da qualidade musical. Assistir a apresentações ao vivo de diferentes empresas e músicos ajuda a comparar os sons e fechar o melhor negócio.

Também é razoável certificar-se de que o responsável é músico, porque somente um profissional é capaz de fazer os arranjos e sugerir uma montagem adequada. E lá, na hora, é bom que a noiva não se atrase muito
porque isso pode prejudicar o andamento da música dela e do próximo casamento, se houver outro na sequência. Se o padre “agiliza” a cerimônia para manter o cronograma, por exemplo, algumas músicas podem não
ser tocadas. E se, na pressa, os noivos não esperam um pouquinho depois da saída dos padrinhos, podem acabar saindo com a música errada. Lembre-se de que se trata de música ao vivo e não de um CD.

A cerimônia e a festa do casamento começam bem antes do grande dia. Durante os preparativos, os noivos, familiares e amigos já podem ir curtindo o longo momento. “E imagina que legal se a preparação para o seu casamento for ouvir música”, brinca Sheila. Aproveite para ouvir diversos CDs, pensar em cada ritual, escolher uma letra bonita e que tenha, de fato, a ver com a sua história de amor. Clássica ou moderna. E para encerrar a cerimônia ou dar início à nova vida de casados, independentemente da música escolhida, que valha a letra de Dia Branco, de Geraldo Azevedo. “E nesse dia branco, se branco ele for, esse canto, esse tão grande amor, se você quiser e vier, pro que der e vier, comigo.”