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Decoração / Anuário

Conheça o conceito de hotéis de design

Obras de arte como parte da decoração, arquitetura sofisticada e chefs premiados são alguns dos itens das "luxotiques", como são chamados os hotéis que investem na criação de experiências sensoriais para seus hóspedes

Redação Publicado em 24/09/2011, às 00h42 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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Hotéis de Design - Divulgação
Hotéis de Design - Divulgação

Quando se trata do mercado de luxo, hospedar é bastante delicado. “Nada é mais íntimo do que a sua vida particular”, explica Silvio Passarelli, diretor do programa de Gestão do Luxo da Faculdade Armando Álvares Penteado (FAAP), em São Paulo. “São atividades muito pessoais, como tomar banho, se maquiar, dormir”, conta. Por isso, cada vez mais, mesmo grandes redes, têm investido em serviços personalizados e produtos diferenciados. Hoje em dia, a expressão “luxotique” dá conta de uma sofisticação que vai muito além dos móveis premiados que fizeram a fama dos chamados hotéis boutique.

Quartos ambientados, perfumaria especial, obras de arte e restaurantes de chefs premiados são apenas algumas das características desses paraísos da hospedagem. “Um hotel de luxo deve satisfazer seus clientes oferecendo um ambiente residencial e confidencial”, avalia Gorka Bergareche, gerente do Park Hyatt Paris-Vendôme. “O serviço é sem dúvida o mais importante. Nosso ativo mais valioso são as pessoas. Só elas podem prestar o melhor serviço possível, autêntico e sincero”, completa. O Park Hyatt é a categoria mais exclusiva dos 211 hotéis e resorts do grupo Hyatt. Ao todo, são 26 nos destinos turísticos mais importantes do mundo. E mais nove estão em construção, provando que se trata de um ótimo negócio.

“Nesse tipo de hotel, os hóspedes são chamados pelo nome, os lençóis são de algodão egípcio, há quadros de Miró autênticos na parede do quarto”, explica Passarelli. E quem se hospeda ali não se deslumbra, justamente, porque está acostumado com isso. O hotel acaba se tornando uma extensão do lar. Afinal, para certas pessoas – que têm muito dinheiro - não faz o menor sentido sair de casa para ficar numa situação pior. Apenas quem tem algum tipo de restrição abre mão do conforto para viajar, por exemplo, para a Europa. “E mesmo que, como dizem por ai, o hotel seja só para dormir, por que você vai dormir mal se vive confortavelmente no seu dia a dia?”, pergunta o professor. “Nossos clientes têm em comum a busca por uma ´sensação residencial´ combinada à excelente localização e um serviço personalizado”, resume Bergareche.

Seguindo o mesmo conceito, o Mandarin Oriental é outro conglomerado importante de hotéis de alto luxo. A primeira unidade, The Mandarim, inaugurada em 1963 em Hong Kong, logo foi reconhecida por seus serviços requintados. A partir daí, a intenção foi expandir esse “padrão” por toda a Ásia. E quando, em 1974, o grupo comprou o legendário The Oriental, em Bangkok, conhecido como um dos melhores hotéis do mundo desde 1879, sua fama que já não era sem causa se espalhou também pela Europa e Américas.  Afinal, por mais que os luxotiques sejam de pequeno ou médio porte, nada impede que, como no caso do próprio Mandarin Oriental e também do Hyatt, grandes cadeias administrem vários hotéis menores e muito especiais.

Outro nome de destaque na hotelaria de luxo é o Dorchester Collection. O grupo inglês administra nove hotéis pelo mundo e se tornou uma referência ao revitalizar tradicionais propriedades colocando nelas o que há de mais confortável e moderno, sem deixar de lado o aspecto histórico do local. Além de oferecer serviços exclusivos com perfil de “luxotique”, seus estabelecimentos estão localizados em endereços privilegiados. Assim, oferecem experiências dificilmente igualadas pela concorrência, porque por mais e inventivo que seja um projeto recente, dificilmente terá a história ou um endereço tão raro como os que o grupo oferece. Um dos exemplos é o Hotel Principe di Savoia, em Milão. Aberto em 1920, o local há décadas recebe membros da realeza, jet-setters e celebridades. Há pouco tempo passou por uma grande reforma comandada pelo designer de interiores Thierry Despont que modernizou o espaço sem perder o glamour característico. E some-se a isso o endereço, um dos mais nobres da cidade, a Piazza della Repubblica.

A combinação entre arquitetura diferenciada, localização privilegiada, arte, gastronomia premiada e atenção aos detalhes resultam, sem dúvida, em uma estadia memorável.