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Bebê / Anuário

Gêmeos: felicidade multiplicada

Graças à fertilização artificial, a frequência de gestações múltiplas aumentou nos últimos anos. E gêmeos, trigêmeos e até quadrigêmeos normalmente inspiram cuidados especiais quando nascem

Redação Publicado em 02/09/2011, às 02h10 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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No caso de gêmeos há maior incidência de nascimentos prematuros; ganhar peso é uma prioridade para o bebê - Danielle Hamilton
No caso de gêmeos há maior incidência de nascimentos prematuros; ganhar peso é uma prioridade para o bebê - Danielle Hamilton

A reprodução assistida surgiu como uma nova proposta de tratamento para os casais que não conseguiam ter  lhos e com isso fez crescer o número de gêmeos nos últimos anos. Um levantamento realizado pela Pro Matre Paulista em 2009, demonstrou que 85% dos partos múltiplos eram provenientes de tratamento com fertilização assistida. O crescimento no número de gestações múltiplas pode resultar em um risco aumentado de prematuridade. “Normalmente, cerca de 20 a 25% dos bebês internados em nossa UTI Neonatal são gêmeos que nasceram antes do tempo”, informa Edinéia Vaciloto Lima, neonatologista coordenadora da UTI Neonatal.

Embora o risco de prematuridade seja efetivamente aumentado, não há maiores complicações associadas à ocorrência de gêmeos. O grande desafio, na maioria das vezes, é vencer o baixo peso com que os bebês chegam ao mundo. É bastante comum que essas crianças  quem internadas por um período prolongado, devido principalmente à imaturidade pulmonar e à di culdade de sucção.

Nesse período, a amamentação é um grande aliado na recuperação do bebê. Maternidades estruturadas possibilitam que as mães de gêmeos retirem e armazenem seu próprio leite, contribuindo de forma decisiva no desenvolvimento dos bebês.
“Quando ainda são muito pequenos e não têm condição de sugar, os prematuros são alimentados na UTI com o leite da mãe por meio de uma técnica que utiliza copinhos, com o intuito de estimular o aleitamento materno exclusivo”, explica Edinéia. Superada essa fase, a mãe pode iniciar a adaptação do aleitamento direto no seio e, em geral, é capaz de amamentar ambos durante o período indicado, que é de pelo menos seis meses.

O desenvolvimento de gêmeos (trigêmeos e até quadrigêmeos) está vinculado à idade gestacional com que vieram ao mundo. Os chamados pré-termo tardios (nascidos com mais de 34 semanas) normalmente não demoram a ganhar peso e em poucos meses atingem o desenvolvimento daqueles nascidos no tempo esperado.

Já os nascidos com menos de 34 semanas podem demorar mais tempo (até 18 meses de vida) para atingir o padrão normal de peso e comprimento. Entre gêmeos, as diferenças de desenvolvimento também estão ligadas à idade gestacional, tamanho e peso que eles nascerem, e podem ser diferentes entre os irmãos.

O crescente número de gestações múltiplas observada em maternidades privadas, em função do aumento dos serviços de reprodução assistida, requer a ampliação de infraestrutura física e recursos humanos, em especial no momento do parto. “A mãe que vai ter gêmeos ou trigêmeos deve aproveitar o tempo da gestação para se estruturar e se preparar para os primeiros meses com os bebês, pois certamente precisará de ajuda nesse período inicial”, conclui Edinéia.

VOCÊ SABIA?

A demanda nutricional da mãe na gestação múltipla é maior, assim como o risco de desenvolver diabetes e hipertensão. Mas esses são casos controláveis se identificados no pré-natal.