Galã Rodrigo Santoro prestigia projeto de estreia da irmã caçula em mostra carioca de decoração
Gestos expansivos, olhos amendoados e sorriso largo. As semelhanças entre o ator Rodrigo Santoro (36) e sua única irmã, a arquiteta Flávia Santoro (33), impressionam. Mas, além dos traços físicos, a cumplicidade entre os dois ficou evidente durante o encontro na Casa Cor Rio, que ocupa o palacete Linneo de Paula Machado, em Botafogo, até 16 de novembro. O galã foi conferir a estreia da caçula no evento. Flávia e sua sócia, Dani Parreira (33), filha do ex-técnico da Seleção Brasileira Carlos Alberto Parreira (68), foram responsáveis pela decoração do espaço Chocolateria. A inspiração foi uma caixinha de joias. “Achei linda a ambientação em tons de dourado. O lugar ficou muito sofisticado”, elogiou Rodrigo, para, em seguida, confessar que é louco por chocolate. “Difícil encontrar quem não goste!”, resumiu, rindo.
– Rodrigo, você curte o universo da decoração?
– Comecei a me interessar pelo assunto com Flávia e a nossa mãe, Maria José, que é artista plástica. Mas não me arrisco nesse assunto. É a minha irmã que cuida da decoração da única casa que tenho, e que fica aqui no Rio. Meu estilo é rústico e a Flávia, clean. Por isso, tentamos encontrar um meio termo que agrade. No fim das contas, sempre consigo que ela deixe eu encaixar um objeto do meu gosto nos ambientes (risos).
– Você e Flávia parecem ser bem próximos. Que tipo de programa curtem fazer juntos?
– Somos unidos e fazemos aniversário no mesmo dia, 22 de agosto. Mas nem sempre tivemos essa harmonia. Na infância, brincávamos bastante e também brigávamos. Tanto é que a minha mãe pôs cada um para estudar em horário diferente na escola. Com isso, evitava que nos encontrássemos muito em casa (risos). Com a maturidade, prevaleceu a amizade. Gostamos de sair para almoçar e tentamos fazer, pelo menos, uma viagem ao ano com toda a família. O difícil é conciliar as agendas..
Flávia – Eu e meu irmão somos parecidos e diferentes ao mesmo tempo. A gente é bem unido, acho que vem da nossa criação. Nosso pai, Francesco, é italiano, temos esse sangue nas veias. Quando o Rodrigo vem ao Brasil, estamos sempre juntos, vamos almoçar e jantar fora. No dia em que ele foi ensinar meu filho, Frederico, de seis anos, a surfar, eu fui junto e fiquei fotogrando os dois da areia.
– Como é o tio Rodrigo?
– Curto muito meu sobrinho. Jogamos bola e o ensino a surfar e a gostar do esporte. A gente entra no mar na mesma prancha e vai remando até a arrebentação. Depois, seguro o strep até ele descer a onda. O moleque já fica em pé sozinho!
– E esse contato estreito com seu sobrinho já despertou em você a vontade de ser pai?
– Já, claro! Adoro crianças, mas acho que há momento certo para tudo na vida. Agora, por exemplo, seria impossível, não paro aqui. Mas tenho certeza de que um dia vou deixar rolar e terei filhos.
Flávia – Rodrigo é um um excelente padrinho, tenho certeza de que será um ótimo pai.
– Rodrigo, falando em paternidade, como está a vida amorosa?
– Você quer saber se eu estou solteiro? (risos) Estou, sim.
– Você chegou ao Brasil e um mês depois já embarca para os EUA. A carreira internacional está em ritmo acelerado, não é?
– Está, sim. Em 2012, serão lançados dois filmes americanos em que atuei, a comédia romantic What To Expect When You’re Expecting, em que contraceno com a Jennifer Lopez, e o drama Hemingway & Gellhorn, com a Nicole Kidman. E já comecei as filmagens de The Last Stand, com Arnold Schwarzenegger. Por aqui, terminei Heleno, dirigido pelo José Henrique Fonseca, que deve estrear em breve.
– Você ganhou este ano o prêmio de Melhor Ator no Festival de Brasília pelo filme Meu País. Como foi interpretar um homem que é desvinculado da família?
– Meu personagem é o oposto de mim. Ele é frio e não se dá bem com os irmãos. O que fiz foi agir de forma totalmente inversa à minha. Eu e Flávia somos bastante ligados à família. Acho que isso vem mesmo da nossa criação.