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Caio Ribeiro: ‘Meu filho é a maior paixão da minha vida’

Em entrevista exclusiva à ‘CARAS Online’, Caio Ribeiro ainda revelou que sofreu preconceito como jogador por ser de uma família de classe média e falou sobre suas relações com Cléber Machado, Galvão Bueno e Tiago Leifert

Redação Publicado em 22/11/2011, às 10h05 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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Caio Ribeiro, a mulher Renata Leite e o filho do casal, João - Tiago Arcanjo/Agnews
Caio Ribeiro, a mulher Renata Leite e o filho do casal, João - Tiago Arcanjo/Agnews

Por: Vinicius Laghetto

Caio Ribeiro (36), ex-atacante da Seleção Brasileira, São Paulo, Santos, Flamengo, Internazionale (Itália), entre outros, e comentarista da Rede Globo, trabalho no qual vem se destacando e ganhando elogios de grandes nomes do esporte nacional, mostra estar feliz com a atual fase profissional. “Fico muito feliz com os elogios e com a repercussão do meu trabalho”, afirmou ele, durante a entrevista.

Pai do pequeno João, fruto de seu casamento com a empresária Renata Leite (32) e que está prestes a completar um ano de vida , ele revela ser uma pessoa 100% realizada e explica que não forçará para que seu filho se torne um jogador de futebol. “Não faço a mínima questão; Juro! Mas vou educá-lo pra fazer esportes, jogar bola comigo e correr na rua”, contou. Confira!

- Para Ronaldo e outros craques do futebol, você é o melhor comentarista esportivo da televisão na atualidade. Como é receber esses elogios?

- Fico muito feliz com os elogios e com a repercussão do meu trabalho, ainda mais quando vem de pessoas como o Pelé e o Ronaldo, dois dos maiores nomes da história do nosso futebol. Porém, sou muito tranquilo e consciente de que tenho ainda muito a crescer e melhorar como comentarista.

- Chegou a fazer algum outro curso, além de Gestão no Esporte, para se aperfeiçoar na nova carreira?

- Não, fiz somente o Curso de Gestão de Esportes mesmo. Mas tinha, além das matérias tradicionais, aulas de Jornalismo, Economia Esportiva. Isso, aliado ao fato ter sido jogador profissional, me deu uma segurança muito grande pra fazer as transmissões de jogos. Tem sido um grande aprendizado!

- Tem saudades de atuar como jogador profissional?

- Realizei quase todos os meus sonhos de criança. Me tornei jogador profissional, joguei em times de ponta, fui campeão e cheguei a seleção Brasileira. Faltou uma Copa do Mundo, mas talvez tivessem jogadores melhores que eu na época. Parei com 30 anos, na hora certa! Me sinto realizado, mas procuro matar a saudade da bola jogando e disputando campeonatos em clubes com os meus amigos, porém, nada profissionalmente. O fato de ser comentarista me ajuda muito com essa saudade, pois continuo frequentando estádios e grandes jogos. O futebol sempre foi minha grande paixão!

- Durante as transmissões, você divide a cabine com narradores como Cléber Machado e Galvão Bueno. Como é trabalhar ao lado de jornalistas tão consagrados?

- Acima de tudo um prazer! Esses caras são testemunhas vivas dos grandes eventos esportivos da história. O detalhe é entender a forma como cada um deles trabalha e observar, pedir conselhos, ouvir sugestões e estar sempre com ouvidos atentos. O narrador é o coração da transmissão, é ele quem passa a emoção do que está acontecendo em campo para o telespectador. O que eu faço é tentar ser o mais transparente possível, e passar aquilo que vejo em campo de uma maneira mais técnica, mas de uma forma que tanto a dona-de-casa como um profissional do futebol entendam o que estou dizendo.

- Você e o Tiago Leifert mostram boa e humorada sintonia no programa Globo Esporte. Como é sua relação com ele fora dos estúdios?

- O Tiago é um cara fantástico, que trabalha muito, e esse sucesso á uma consequência da sua dedicação. Ele trouxe uma linguagem descontraída para o jornalismo esportivo. Trata o futebol como entretenimento! Uma das coisas que eu mais admiro é que ele permite que você cresça junto. O Central da Copa foi um exemplo disso. Foi um divisor de águas em nossas carreiras. Fora das telas é uma pessoa do bem, super simples. Um grande amigo.

- Está com algum projeto ligado ao futebol?

- Tenho pensado em muita coisa, até por conta dos dois grandes eventos esportivos  - Copa 2014 e Olimpíadas 2016 – que serão aqui no Brasil.

- Você estudou em colégios particulares e conseguiu se tornar jogador profissional. Acredita, que independente da classe social, há muitos brasileiros com potencial para levar o futebol a sério?

- Acho que o esporte está do DNA do povo brasileiro! No futebol especificamente, quando você entra em campo, não tem branco, preto, rico ou pobre, bonito ou feio, são todos iguais. Você depende do cara ao seu lado pra vencer uma partida. Convivi e sofri com esse tipo de preconceito durante toda a minha carreira. O fato de vir de uma família de classe media só me dava mais força pra realizar meu sonho de menino. Acho que todos devem correr atrás de seus sonhos.

- Podemos então dizer que o Brasil, definitivamente, é o país do futebol?

- O Brasil é o país das oportunidades. Dê um povo alegre, guerreiro e hospitaleiro. O futebol é a maior manifestação popular desse sentimento!

- Seu filho, o João, já está pegando intimidade com a bola? Gostaria que ele fosse um jogador?

- O Joao vai fazer 1 aninho e é a maior paixão da minha vida! Sou hoje uma pessoa 100% realizada com minha família. Tenho uma esposa fantástica e um mulekote lindo! Se ele vai ser jogador profissional? Não faço a mínima questão; Juro! Mas vou educá-lo pra fazer esportes, jogar bola comigo e correr na rua. Não quero ele enfurnado em casa, na frente de um computador. Meu grande desafio como pai, é passar valores que eu considero fundamental, como honestidade, respeito e educação! Mas confesso que ele já tem umas 25 bolas aqui em casa (risos).

- Você está otimista com a Copa do Mundo de 2014, no Brasil?

- Tem duas maneiras de ver a Copa no Brasil: esportiva e cultural/econômica. Sob o ponto de vista esportivo vai ser um sucesso. Teremos estádios novos e lindos, os jogos serão uma grande festa e o povo terá a oportunidade de ver, ao vivo, um grande campeonato com seus ídolos de pertinho. O outro, cultural/econômico, já é uma grande decepção. Sempre imaginei que trazer uma Copa do Mundo para o Brasil seria investir em infra-estrutura. Melhorar nosso transporte público, a segurança nas ruas, os aeroportos. Enfim, deixar um legado bacana e que pudesse melhorar a vida do cidadão brasileiro pós-Copa. O que a gente está vendo são atrasos nas construções, nenhuma prestação de contas em relação ao dinheiro investido, ministros envolvidos em escândalos e pouca preocupação com a população.