Conde promove o ‘enterro’ de seu carro de luxo com objetivo de incentivar a doação de órgãos
CARAS Publicado em 24/09/2013, às 18h46 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20
O que seria um ato considerado por muitos como uma excentricidade deu lugar a um genuíno gesto de generosidade. Assim pode ser definida a entrega do conde Chiquinho Scarpa (62) ao lançamento da Semana Nacional de Doação de Órgãos. Para chamar atenção ao tema, o nobre divulgou que enterraria em sua casa um de seus automóveis, avaliado em cerca de 1,5 milhão de reais. “Decidi fazer como os faraós e vou enterrar meu carro favorito, o Bentley, no jardim de casa. Enterrar meu tesouro no meu palácio”, disse ele em suas redes sociais, fazendo com que o País todo repercutisse sobre a decisão.
No dia marcado para o “sepultamento”, uma grande cova já estava feita no gramado da mansão, em SP. Para completar, coroas de flores. O inusitado momento contou com a presença de vários veículos de comunicação para noticiar a atitude do nobre. Acompanhando tudo de perto, Chiquinho chegou a se emocionar com a cena de seu valioso bem indo para a sepultura. Porém, momentos antes do veículo ser coberto por terra, ele interrompeu o enterro e convidou a todos para ir ao interior de sua residência. Lá, revelou que o ato era, na verdade, uma maneira de divulgar a campanha que busca sensibilizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos. “Fui muito julgado por isso, disseram que era um desperdício, que eu estava louco. Mas a verdade é que tem gente que enterra algo mais valioso, um coração, um rim, seus órgãos. Isso, sim, é absurdo”, afirmou ele, ao lado da noiva, a empresária Marlene Nicolau (48). “Durante os dias em que manteve a história, Chiquinho foi duramente criticado. Muita gente falou mal dele. Hoje, sabem que é por uma causa nobre, por uma bela mensagem. Ele jamais jogaria dinheiro fora”, disse Marlene, que ao lado da filha, Nathalia Tuffi (21), apoiou a participação dele na campanha da Associação Brasileira de Transplantes de Orgãos, ABTO.
Apesar das muitas críticas, o nobre mostrou ter sustentado a versão apenas para que mais pessoas no País saibam da importância que é ser um doador. “Se não tivesse a história do enterro do carro, não teria a repercussão que teve. Ser doador é simples: basta avisar a qualquer pessoa da família. Hoje, mais de 30000 pessoas esperam na fila por um transplante e nós podemos mudar isso. Espero que entendam minha intenção e continuem a gostar de mim”, disse ele, solidário e sem perder o seu tradicional bom humor.
