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Saiba os tipos de câncer mais comuns e como detectar seus sintomas

Em entrevista à CARAS Brasil, o oncologista Jorge Abissamra informa os tipos mais comuns de câncer, explica como detectar seus sintomas e alerta para a prevenção

O câncer é uma das principais causas de morte no mundo - Freepik
O câncer é uma das principais causas de morte no mundo - Freepik

O câncer é uma das principais causas de morte no mundo e sua incidência vem aumentando a cada ano por diversos fatores. Entre os tipos mais comuns estão o de pele, mama, cólon do útero e próstata. Em entrevista à CARAS Brasil, o oncologista Jorge Abissamra Filho informa que o câncer de pele não melanona é o tumor de maior prevalência no Brasil, tanto em homens como em mulheres.

Embora seja responsável por um terço dos diagnósticos, ele o considera de baixa intensidade, pois são raras as ocorrências de metástase e há poucos registros de óbitos. Sua causa está diretamente relacionada à exposição da luz solar.

De acorco com o especialista, o câncer de mama é o segundo maior em número de diagnósticos entre mulheres, com 10,5%. "Enquanto o câncer de próstata representa 10,2% dos registros identificados entre os homens, sendo superado apenas pelo tumor de pele não melanona", informa. 

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), somente no ano de 2019, o Brasil registrou 239.040 óbitos em decorrência de câncer entre todas as faixas etárias. Já o Ministério da Saúde divulgou que no ano de 2020, o câncer de colo de útero foi responsável pela morte de 6.627 mulheres em todo o território nacional; a estimativa é que até 2025, o número de diagnósticos de câncer de colo de útero chegue a 17 mil. O tumor é causado pelo papilomavírus humano (HPV), transmitido na relação sexual.

"Já comentei por aqui que há disponível no Sistema Básico de Saúde (SUS) exames de rastreio em massa da população para identificação dos tumores com maior incidência entre mulheres (mamografia) e homens (PSA), daí a necessidade de fortalecer a cultura de prevenção", destaca Abissamra.

"No caso de tumores de colo de útero, é possível que o Brasil avance para a significativa diminuição de diagnósticos, para tanto, o fortalecimento da prevenção e campanhas de conscientização apresentam-se como elementares. A rede pública de saúde disponibiliza a vacina contra o HPV para as meninas e meninos entre 09 anos e 14 anos, entretanto, exclusivamente para mulheres, há disponível o exame de Papanicolau, capaz de detectar alterações no colo do útero", emenda o oncologista.

Além dos exames de rastreio, é importante, de acordo com o especialista, ficar atento aos sintomas. "Nos casos de câncer de mama, as mulheres devem observar a inversão do mamilo, ou quando o bico da mama fica retraído para dentro, outro sintoma comum é a saída de secreção pelos mamilos e surgimento de nódulos que se tornam aparentes quando alcançam a média de 2 centímetros. Os tumores iniciais não são captados no autoexame, daí a necessidade do autoexame ser acompanhado de procedimentos de maior complexidade, como ultrassonografia e mamografia", diz.

A identificação de tumores na próstata é um cenário mais delicado, segundo Abissamra, pois a doença avança de modo silencioso. "Os sintomas se tornam aparentes já em estágio avançado, acompanhado de lesões ósseas e alterações no hábito urinário; em casos mais raros, pode ocorrer sangramentos na ejaculação. É comum a associação dos sintomas do câncer de próstata com a hiperplasia prostática benigna, uma doença não oncológica, daí a necessidade de acompanhamento com o urologista", informa.

Ficar atento aos sintomas, realizar exames de rotina, evitar os fatores de risco, como consumo de álcool, tabaco, obesidade e exposição à poluição são mecanismos que podem reduzir sobremaneira os diagnósticos de câncer em nosso país, salienta Abissamra. Outra ferramenta importante é o avanço na cultura de prevenção.

"Fique atento aos sintomas, realize os exames de rastreio, conheça o próprio corpo, desenvolva o autocuidado, evite os fatores de risco e faça acompanhamento médico de rotina. O câncer pode e deve ser evitado, quando diagnosticado de modo precoce, as chances de cura chegam a 90%. Prevenção e diagnóstico precoce salvam vidas", finaliza o especialista.