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Bebê / Maternidade

Mãe pela primeira vez, Day Mesquita revela experiência com o baby blues: 'Chorava compulsivamente'

Day Mesquita abre o coração ao contar como foi enfrentar os altos e baixos da maternidade após o nascimento do filho, Dom, de 8 meses

por Priscilla Comoti

pcomoti_colab@caras.com.br

Publicado em 02/06/2023, às 12h09

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Day Mesquita e o filho, Dom - Fotos: L.A. Foto Estúdio
Day Mesquita e o filho, Dom - Fotos: L.A. Foto Estúdio

A atriz Day Mesquita é mãe de primeira viagem e confessou que enfrentou o baby blues – que é uma mistura de sentimentos durante o puerpério – após a chegada do filho, Dom, de 8 meses, fruto do casamento com o produtor teatral e ator Pedro Antunes. Ela abriu o coração ao revelar como foi enfrentar os altos e baixos dos primeiros meses como mãe.

"É o papel mais intenso e desafiador da minha vida, sem dúvidas! São mil coisas, mil sensações, do amor incondicional ao cansaço extremo devido a privação do sono e aos cuidados constantes que um bebê exige. A gente chega a se perder um pouco da gente nesse momento, pois é uma entrega absoluta para o bebê. Li em um lugar que quando o bebê nasce, nasce uma mãe, mas também vai embora uma mulher sem filhos, e existe um luto desse momento também, a vida muda completamente e foi um processo absorver essa mudança, e ainda às vezes me pego me vendo de fora ou vendo o Pedro com ele em algum momento e penso ‘caramba, eu sou mãe, agora a gente tem um bebê’, pode parecer meio estranho mas no dia a dia e nos cuidados com ele, às vezes, tem um momento de pausa e aí eu consigo olhar mesmo para essa mudança nas nossas vidas e a ficha vai caindo. É o maior amor do mundo, mas tem desafios constantes", contou ela. 

Então, a atriz descreveu como foi passar pelo baby blues. "Tinha ouvido falar sobre baby blues, mas muito por alto, ouvi mais sobre relatos de mulheres falando do puerpério sobre uma sensibilidade maior, uma vontade de chorar sem muita explicação, mas ingenuamente imaginei sendo meio como uma TPM, que a gente sente essa mudança de humor e alteração hormonal provisória, mas identifica aquilo, e que pelo menos para mim costuma ser algo tranquilo, não é agradável, claro, mas compreensível e mais tranquilo de lidar (no meu caso pelo menos). Quando começaram os sintomas do baby blues, fiquei completamente perdida, sem entender o que estava acontecendo comigo, super vulnerável e sem controle algum sobre o que estava acontecendo. Minha gestação foi muito tranquila, embora durante ela tenha tido alguns momentos de sintomas comuns como enjoos e azia. Eu não parei durante a gravidez em meio a reforma que estava fazendo em casa, andava para cima e para baixo e até dias antes do Dom nascer estava subindo e descendo escadas, erguendo tapete, organizando tudo, então estava muito tranquila. Como tinha ouvido relatos de outras gestantes que ficavam desconfortáveis com a gestação e a minha foi ótima, não criei expectativa sobre como poderia ser o puerpério, pós parto, amamentação… pois cada pessoa reage de uma forma, embora existam padrões, não existem regras, então mantive meu pensamento tranquilo com relação a isso e aberta para vivenciar a minha própria experiência", afirmou.

E completou: "Ainda no hospital, um dia após o nascimento do Dom, depois de uma noite em claro pois ele não tinha dormido a noite toda, comecei a entrar em uma espécie de crise, uma mistura de pensamentos desconexos que não paravam, pensamentos intensos, tristes, melancólicos, uma ansiedade, tudo misturado e confuso, a cabeça não parava... me sentia muito acelerada e completamente fora do controle. Não conseguia organizar os pensamentos e controlar o que estava acontecendo, eu achei que pudesse estar enlouquecendo. Pedro estava comigo o tempo todo e me pedia para falar o que estava sentindo, tentar colocar para fora e eu não conseguia, só chorava compulsivamente e tentava parar de pensar, tentar fazer esses pensamentos ruins pararem. Em meio a isso me veio um flash de pensamento sobre a questão hormonal, e até pensei que poderia ser depressão pós-parto, pois era algo muito intenso, comentei com o Pedro, que me sugeriu a falarmos com a minha médica".

"Mas ter tido esse pensamento não fez com que melhorasse, foi apenas como uma pequena luz que veio sobre o que poderia estar acontecendo e então falando com a minha médica, ela me disse sobre o baby blues, que era algo muito comum por conta da baixa de hormônios, mais comum do que se imagina e que muitas mulheres passaram por isso. O dia em que saímos da maternidade foi muito ruim, nada como uma saída de maternidade que imaginava viver, não conseguia me sentir feliz. Nas fotos que tiramos estava com os olhos super inchados de tanto chorar e tentando me sentir mais animada para pelo menos termos algum registro desse momento... Foram 2 dias nessa crise mais intensa de tristeza e pensamentos negativos... Em casa, a sensação continuou mas um pouco mais amena, mas quando ele foi internado com icterícia, 3 dias depois, e tive que voltar à maternidade, aquela sensação toda voltou junto. O local me remeteu novamente aos momentos que vivi e aí, com a internação dele, comecei a querer entrar no mesmo processo dessa crise novamente e então comecei a tomar a medicação que minha médica havia indicado", declarou. 

Day Mesquita e o filho, Dom
Day Mesquita e o filho, Dom - Fotos: L.A. Foto Estúdio

Hoje em dia, Day Mesquita já não se sente mais no baby blues e diz que os relatos de outras mães a ajudaram a lidar com a fase difícil. "Quando comentei por alto do baby blues nas redes sociais, algumas pessoas vieram falar que também tiveram e outras me perguntando o que era... Acho importante não só gestantes saberem sobre, mas todos, pois quem está próximo precisa saber sobre o que pode acontecer para poderem ajudar também, afinal, é super importante ter alguém por perto que esteja atento e que possa amparar e ajudar a enfrentar momentos como esse, caso aconteçam. Ouvir relatos, ler sobre e trocar com mulheres que também passaram por isso traz um certo conforto de que não estamos sozinhas, e isso falando sobre todas as questões que podem ser englobadas na maternidade, além de podermos ajudar e sermos ajudadas também nessa troca aprendendo coisas que possam facilitar os momentos com nossos pequenos. Sinto que essa parte ruim do baby blues passou e agora já estou conseguindo curtir cada momento com o Dom. E pode ser clichê, mas esse amor que nasce na gente depois que nos tornamos mães é algo realmente diferente de tudo, um amor incondicional mesmo! Olhar o rostinho deles, o desenvolvimento, cada troca de olhar, risadas e aprendizados é mágico e nesses momentos nada mais importa. Faz tudo valer a pena", contou. 

Agora, a atriz já faz planos de voltar a atuar no segundo semestre deste ano. "Sempre fui workaholic, mas sinto que desde que ele nasceu, junto desse amor imenso que nasce também, tem uma vontade de não desgrudar dele, ficar pertinho e aproveitar ao máximo esse tempo que estamos tendo juntos. Acho que no meu retorno ao trabalho vai dar um apertinho no peito de saudade desses momentos em que estamos tendo 100% juntos, mas penso que voltar a atuar depois de ter começado a viver essa nova experiência como mãe me colocará num lugar diferente como profissional também. Eu costumo dizer que vivo as minhas personagens e acredito que trazer na bagagem essa vivência minha pessoal pode enriquecer muito a minha bagagem profissional também e eu estou doida para me aventurar em novas personagens com mais essa vivência da maternidade que é tão profunda, verdadeira e intensa e que agora também é presente em mim", declarou.