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Atualidades / ESPERA

Triatleta transplantada, Patricia Fonseca revela que teve corações negados e relembra espera: 'Medo'

Em entrevista à CARAS Brasil, Patricia Fonseca relembrou sofrimento durante período de espera para transplante de coração

por Mariana Krunfli, sob a supervisão de Arthur Pazin

mkrunfli@caras.com.br

Publicado em 28/08/2023, às 21h45 - Atualizado em 29/08/2023, às 14h00

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Patricia Fonseca é primeira triatleta transplantada de coração - Foto: Divulgação
Patricia Fonseca é primeira triatleta transplantada de coração - Foto: Divulgação

Patricia Fonseca, primeira triatleta transplantada de coração, sobreviveu à fila de espera do órgao e escreveu o livro Coração de Atleta, lançado em julho deste ano, que conta sobre sua trajetória. Durante entrevista ao vivo no Instagram da CARAS Brasil, ela relembrou o período de sofrimento no aguardo para o transplante e revelou que teve corações negados no caminho: "Medo".

"Hoje, bate no meu peito um coração que foi o terceiro que me foi ofertado. Dois foram negados, porque o primeiro que chegou não estava bom", compartilhou Patricia Fonseca. "Esperei, ao todo, cinco meses. Desses, dois eu esperei dentro de uma UTI, ligada aos aparelhos, dependia deles para bombear meu coração. Estava nesse nível", acrescentou a triatleta sobre a lista de espera para seu transplante de coração.

Nove anos depois de ser negada na lista de espera para o transplante de coração aos 20 anos, ela contou que o período até receber o coração foi de luta: "Me furavam tanto quando estava na UTI que meu braço parecia um campo minado, era todo roxo. Teve uma hora que falaram que teriam que furar o meu pé, porque eu não tinha mais veias. Tiravam sangue do meu pé, porque eu não tinha mais braços de veias. A pessoa que está na lista de espera está sofrendo e lutando".

"Meus médicos eram muito transparentes, eu sabia quando era negado. O primeiro coração que apareceu para mim era de uma pessoa que tinha sofrido overdose de drogas. Não era um coração bom, estava muito sofrido. Estava lutando para viver e meus médicos achavam que eu aguentava mais uma semana na espera pelo órgão", declarou.

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Patricia Fonseca ainda explicou um de seus medos durante a lista de espera para o transplante de coração: "Morria de medo de gripar quando estava na fila de espera. Falava: 'Meu Deus, e se aparecer um coração justo essa semana e eu estiver gripada?'. A gente tem pânico de qualquer coisa quando está na fila de espera".