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Morre Nélida Piñon, primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras

Nélida Piñon, que foi a primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras, faleceu aos 85 anos de idade neste sábado, 17

por Priscilla Comoti

pcomoti_colab@caras.com.br

Publicado em 17/12/2022, às 18h47 - Atualizado às 18h58

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Nélida Piñon - Foto: Getty Images
Nélida Piñon - Foto: Getty Images

A escritora Nélida Piñon faleceu aos 85 anos de idade neste sábado, 17, em um hospital de Lisboa, Portugal. Ela ocupava a cadeira de número 30 na Academia Brasileira de Letras (ABL) desde 1989 e ela também foi a primeira mulher a presidir a entidade.

O presidente da ABL, Merval Pereira, informou que Nélida Piñon passou por uma cirurgia de emergência após problema nas vias biliares e não resistiu, informou o site G1. Porém, a causa da morte ainda não divulgada pela família. A ABL informou que o sepultamento do corpo dela será no mausoléu da entidade e também será realizada uma Sessão da Saudade para homenageá-la no dia 2 de março, no Salão Nobre da entidade. 

Nascida no Rio de Janeiro em 1937, ela se formou em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em 1956 e colaborou para diversos jornais e revistas ao longo de sua carreira. A estreia dela na literatura aconteceu com o romance romande Guia-mapa de Gabriel Arcanjo, em 1961. Outras publicações de sucesso de sua carreira são A República dos Sonhos e A Casa da Paixão. Nélida Piñon teve mais de 35 anos de carreira na literatura, mais de 20 livros de romances, crônicas e infantojuvenis, e já teve suas obras traduzidas para mais de 30 países.

Nélida Piñon já falou sobre a decisão de não ter filhos

Em uma entrevista na Revista CARAS, Nélida Piñon contou sobre a decisão de não formar a própria família. Ao ser questionada sobre o motivo de não ter tido filhos, ela afirmou: "Com a liberdade. Eu me dei conta de que tinha espírito aventureiro forte demais para ter filhos. E produção independente, no meu tempo, Deus me livre! Tinha que ter um pai e eu não aguentaria um o tempo todo. Você não pode brincar de maternidade, saindo pela vida para ser escritora. Eu viajo o mundo. Foi a vida que escolhi. No regrets, sem ressentimentos". 

Além disso, ela defendeu o seu gosto popular. "Converso na rua e todos compreendem o que digo. Não faço concessão barata, supondo que o outro é tão ignorante, que não vai me entender. Isso é desrespeito. Gosto de samba, já dei meus passinhos de tango e aprecio filme de faroeste e programa culinário", afirmou na época. 

Assista uma live de Nélida Piñon na CARAS: