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TODAS AS PALMAS PARA PAULO AUTRAN, O SENHOR DO PALCO

EM SÃO PAULO, O ATOR GANHA TEATRO COM SEU NOME E O CARINHO DE KARIN RODRIGUES E DE HEBE CAMARGO

Redação Publicado em 15/08/2007, às 14h51

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O casal Karin Rodrigues e Paulo Autran ladeado pelos anfitriões Abram Szajman e Danilo Santos de Miranda
O casal Karin Rodrigues e Paulo Autran ladeado pelos anfitriões Abram Szajman e Danilo Santos de Miranda
por Ana Carolina Baili O mago do teatro Paulo Autran (84) ganhou homenagem a sua altura. Em noite emocionante, o ator, com a esposa, a atriz Karin Rodrigues (70), teve sua grandiosidade reconhecida pelo SESC São Paulo. "Nosso humor e jeito de pensar são muito parecidos. O defeito dele é o fumo, suas qualidades são a simpatia, o talento e a inteligência", disse Karin. Abram Szajman (68), presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, Fecomércio, e Danilo Santos de Miranda (64), diretor regional do SESC São Paulo, comandaram a cerimônia em que o teatro do SESC Pinheiros, no coração do bairro paulistano de mesmo nome, foi renomeado Teatro Paulo Autran. Ponto alto foi a projeção do vídeo com momentos da carreira de Paulo. Ao final, a maior parte dos presentes estava com os olhos úmidos. Hebe Camargo (78), entusiasmada, aplaudia o amigo. "Falar de Paulo é emocionante. Não sei como meu coração resistiu a tanta emoção. Aonde ele vai há sempre uma platéia o aplaudindo de pé. O melhor é a homenagem em vida", aclamou ela, com o sobrinho e empresário, Cláudio Pessutti (48). A ocasião também marcou a primeira aparição pública do ator após a internação, em junho, na Unidade Crítica Coronariana do Hospital Sírio- Libanês, em SP, o que o levou a interromper a vitoriosa temporada de sua 90ª peça O Avarento. A festa começou com recital do pianista Fábio Torres, que interpretou trechos de músicas de quatro grandes espetáculos do ator: My Fair Lady, de 1962, Liberdade, Liberdade, de 1965, Morte e Vida Severina, de 1969, e o Homem de La Mancha, de 1972. Ovacionado ao subir no palco, Autran, que estreou com a peça Um Deus Dormiu Lá em Casa, em 1949, arrebatou a platéia ao recitar Meus Oito Anos, de Casimiro de Abreu (1839- 1860). "Escolhi o poema pois ele é singelo e sentimental. Quis mostrar que o ator é o dono das palavras e faz delas o que quiser. Com os anos, os versos ganham novo significado", explicou Autran. Para completar, alguns amigos do ator falaram na cerimônia, entre eles Drauzio Varella (64), médico do ator, acompanhado da esposa, a atriz Regina Braga (60), e Marco Nanini (59)."Tive o grande prazer de dirigir Paulo. Sinto como se ele passasse o bastão de seu legado, sua experiência. A gente precisa receber toda esta carga de vida e repassar aos mais jovens. Diante dele só posso me sentir honrado", declarou Nanini. Com os olhos brilhantes, um verde, o outro castanho - o que poucos percebem -, Paulo recebeu o carinho dos amigos. Todos fizeram questão de abraçar o ator, que circulava, incansável, entre nomes como o coreógrafo Ivaldo Bertazzo (58) e os atores Sérgio Mamberti (68), Leona Cavalli (36), Milú Villela (58), Ângela Vieira (55), Ligia Cortez (47) e Beatriz Segall (81). "Uma das coisas que mais me toca no Paulo é a dignidade com que exerce a profissão. Ele é uma unanimidade", disse Beatriz. "É difícil descrever o que sinto hoje. Achei o vídeo fantástico, os discursos virtuosos. Ver Nanini me declamando elogios foi glorioso", afirmou o homenageado. "Paulo é absolutamente comprometido com o teatro. É maravilhoso ver toda essa vitalidade", disse Drauzio sobre o homem que, formado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em SP, sonhava ser diplomata mas, para sorte do teatro, trocou o Itamaraty pela ribalta. Entre eles, o diretor José Possi Neto (60), o ator e dramaturgo Juca de Oliveira (72), o ator Odilon Wagner (53), Wilma Motta (61), viúva do ex-ministro Sergio Motta (1940-1998), o rabino Henri Sobel (63), a atriz e diretora Cristina Mutarelli (50) e Cristiana Carvalho, filha de Karin. "Paulo é um dos que me fizeram seguir a carreira. Adoro esse cara. Quando eu tinha 16 anos, batia na porta de todos os camarins. O que mais me marcou foi o encontro com ele. Dez anos depois, ele bateu na porta do meu camarim para me cumprimentar e, quando me viu, falou: 'Você não é aquele menino que queria ser ator?'. Foi sublime", contou Dan Stulbach (37). "Ele é isso: um mundo de histórias, de generosidade. Mais que um grande talento, é um tesouro", completou Juca de Oliveira. FOTOS:NELSON PEIXOTO