Por Bia Paes de Barros Publicado em 19/12/2010, às 20h43 - Atualizado às 20h44
Volumes, tecidos tecnológicos e cores intensas representam a "couture moderna" da marca. - MARCIO MADEIRA
Conhecida por ser uma das maiores representantes do estilo minimalista, a marca criada pela estilista de origem alemã Jil Sander, que hoje tem Raf Simons à frente da label, surpreende com uma coleção intensa e multicolorida. O visual sóbrio das últimas temporadas dá espaço para modelagens amplas misturando alta costura e esportividade. Em fashionês mais claro, a saia longa no melhor estilo red carpet tem como parceira a boa e velha camisetinha básica. Já os vestidos ganham silhuetas alongadas com recortes na altura dos joelhos, sugerindo o que podemos chamar de "couture moderna". Afinal, nem só com bordados e cinturinhas marcadas se faz um look festa. Neste caso, o brilho fica por conta da colorida cartela cheia de tons de pink, laranja, verde e púrpura. Sem falar nos florais e listrados, que confirmam toda essa casualidade chique. Tecidos tecnológicos criam leveza para os casacos tipo parca sobrepostos aos vestidos longos e ainda revelam o melhor da alfaiataria no visual calça mais blazer. A coleção vira referência na mistura de tons. Quatro a cinco cores (fortes) se sobrepõem, revolucionando o terninho clássico. Nele, a t-shirt substitui a camisa e leve mantô finaliza a produção. Volumes pontuais aparecem para tirar a monotonia das peças, com babados, shapes arredondados e pregas. São também a melhor maneira de representar a feminilidade, muitas vezes difícil de se identificar em uma coleção voltada para o design mais "limpo". Parece que os tempos do minimalismo discreto e monótono estão no fim. E, para criar esta atmosfera, basta um toque esportivo, uma pitada de cor e uma dose máxima de ousadia.
