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Maiores vítimas de acidentes com fogos são homens de 15 a 50 anos

Fabiano Rebouças Ribeiro Publicado em 27/12/2007, às 13h14

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Fabiano Rebouças Ribeiro
Fabiano Rebouças Ribeiro
A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e a Associação Brasileira de Cirurgia da Mão, ambas sediadas na capital paulista, promoveram Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes com Fogos de Artifício. O objetivo foi alertar a população sobre os riscos desses artefatos, para que se mantenha longe deles. Os fogos de artifício são utilizados em larga escala no Brasil sobretudo nas comemorações esportivas, nas festas juninas e na passagem do Ano-Novo. Produção, comercialização e uso são regulados pelo Decreto 3 665, da presidência da República, de 20 de novembro de 2000. Mas a fiscalização, como se sabe, é falha. Desse modo, é comum tais artefatos serem armazenados de maneira incorreta e, pior ainda, serem vendidos em lojas improvidas montadas apenas por ocasião daquelas festividades. A população, de outro lado, no afã de festejar, compra fogos até de fabriquetas de fundo de quintal e corre grandes riscos. Estima-se que o número de acidentes aumente 30% todo ano. Os principais atingidos, segundo registros dos serviços hospitalares de emergência, são homens de 15 a 50 anos e crianças de 4 a 14 anos. Cerca de 70% sofrem queimaduras; 20% apresentam cortes e dilacerações; e 10% têm amputação dos membros superiores. Os acidentes com fogos provocam ainda lesões de córnea, até com cegueira, e lesões nos ouvidos, às vezes com perda de audição. O ideal seria que a população abandonasse de vez o uso de tais artefatos. Como isso é praticamente impossível, que pelo menos tome alguns cuidados. Procure comprar fogos somente de marcas reconhecidas e solicitar certificado de garantia. Adquira-os em lojas especializadas, nunca nas que foram montadas de maneira improvisada nas proximidades das festas. Jamais segure rojão com as mãos; prenda-o em armação específica, numa cerca ou num muro, acenda e saia logo de perto. Nunca tente acender fogos que falharam; ao contrário, coloque-os logo em uma vasilha com água para que sejam inutilizados. Ponha em água também os artefatos já usados. Solte fogos só ao ar livre, longe tanto de produtos e substâncias inflamáveis quanto da rede elétrica. Se está bebendo, fique longe de fogos de artifício. Tome cuidado com pessoas e prédios nas proximidades. Queimados em tais acidentes devem lavar o local com água fria ou soro fisiológico e envolvê-lo com pano úmido. Nunca use medidas caseiras, como passar manteiga, pó de café ou pasta de dente no local machucado, pois pode até piorar a lesão ou provocar infecções. Como em geral os tecidos atingidos incham, é fundamental retirarem anéis, pulseiras e o relógio - para não dificultarem o atendimento médico - e procurem logo um pronto-socorro. Quem teve cortes também deve apenas lavá-los com água fria ou soro fisiológico. Sangramentos podem ser estancados envolvendo-se o local com pano limpo úmido. O passo seguinte é procurar o serviço de emergência de um hospital. Já nos casos em que houve a amputação de um membro, é importante recolhê-lo, colocálo em uma embalagem de isopor sem contato direto com o gelo e levá-lo ao pronto-socorro com o paciente. Quanto mais rápido isso ocorrer, maior será a chance de sucesso num reimplante. Em todas as situações, enfim, só o médico pode fazer uma avaliação completa do quadro e determinar o tratamento correto.