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Dor incapacitante no ombro pode ser sintoma da capsulite adesiva

Redação Publicado em 23/08/2011, às 15h38 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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A capsulite adesiva caracteriza-se pelo surgimento de dor no ombro. Sua intensidade aumenta a ponto de se tornar insuportável em especial à noite. Se o portador não procura tratamento, ocorre limitação progressiva dos movimentos do ombro. Por isso a doença é conhecida também como “ombro congelado”.

“E por que razão ela se chama capsulite adesiva?”, você poderia perguntar. Capsulite porque o portador, constata-se com exames, tem uma inflamação na cápsula articular do seu ombro, espécie de membrana com ligamentos que amarram e envolvem as articulações. Na capsulite, também se pode comprovar que o líquido sinovial articular está diminuído. Já o adesiva deve-se ao fato de a cápsula perder elasticidade e aderir aos ossos.

A doença atinge 3% a 5% da população. Ainda não se conhece sua causa. Ocorre mais do lado menos usado. Pode manifestar-se em homens e mulheres de todas as idades, mas é mais freqüente nas orientais de 40 a 60 anos; em 20% dos diabéticos, sobretudo naqueles que fazem uso de insulina regularmente; em portadores de doenças na tireoide; em quem sofre de doenças cardíacas, depressão ou epilepsia; nas pessoas que ficam com o ombro imobilizado por longo tempo em função de doenças ou de cirurgia; e em quem sofreu um trauma no ombro, mesmo leve.

Ela é considerada benigna, porque não mata, mas pode ser muito incapacitante. Também é autolimitada, ou seja, em até dois anos em geral se cura sozinha. O grande problema é que não se sabe que seqüelas pode deixar. As mais comuns são: perda dos movimentos no ombro; atrofia da musculatura; e, por falta de uso, atrofia e fragilização dos ossos.

O ideal é consultar o médico ortopedista à primeira indicação. Infelizmente, a capsulite não é bem conhecida e pode ser confundida com bursite, lesão de tendão, artrose e outras doenças do ombro. O diagnóstico inicial é clínico. Pode-se comprovar a capsulite com exames como raio X e ressonância magnética. A primeira parte do tratamento consiste em conversar com o paciente para tranquilizá-lo em relação à dor e à perda de movimentos e de que se trata de uma doença benigna. Com isso, ele se anima e se torna um parceiro no tratamento. Deve-se, em seguida, descartar as outras doenças citadas, seja clinicamente, seja mediante exames.

Já o tratamento em si objetiva controlar a dor e evitar a perda progressiva de movimentos e/ou recuperá-los. Usa-se, para isso, remédios, fisioterapia e hidroterapia. Quando não se tem os resultados pretendidos, recorre-se a infiltrações articulares, bloqueios de nervos e até cirurgia, que consiste em liberar a cápsula e/ou os ligamentos que estejam encurtados e/ou tenham aderido aos ossos.

O tratamento da capsulite com fisioterapia sempre foi feito individualmente e em geral dá resultado. Mas pesquisa realizada em 2009 no Departamento de Ortopedia e Traumatologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo/Francisco Morato de Oliveira, do Iamspe, na capital paulista, com 20 pacientes de 49 a 75 anos, constatou que o tratamento fisioterápico em grupo pode proporcionar melhores resultados mais rapidamente.