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Carmem Verônica:'Estou de cadeira de rodas'

Atriz perde a mãe e dias depois é atropelada. Hoje, ainda bastante frágil, dá uma emocionante entrevista ao Portal CARAS. Confira...

<i>Por Thiago Almeida</i><br><br> Publicado em 15/09/2009, às 19h53 - Atualizado em 16/09/2009, às 13h48

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Carmem Verônica - Reprodução
Carmem Verônica - Reprodução
Quinze dias depois de perder a mãe, a atriz Carmem Verônica, de 76 anos, viveu mais um drama em sua vida. Ela foi atropelada no Leblon, no Rio de Janeiro, e está de repouso em casa em uma situação ainda bastante incômoda. Mas tem recebido muito carinho dos amigos. Intérprete da personagem Josefa em Caras & Bocas, na Globo, Carmem só consegue se locomover com ajuda de cadeira de rodas e começa a dar os primeiros passos na fisioterapia com ajuda de um andador. "Para tomar um café na sala preciso de cadeira de rodas", conta ela, demonstrando ainda estar muito fragilizada tanto física quanto emocionalmente. A atriz chorou durante a entrevista ao Portal CARAS. Mas é uma guerreira: :"Não vai ser à roda de um carro que vai me tirar de circulação", garante. Por isso, já planeja sua volta à TV, de onde está afastada desde o mês passado, quando aconteceu o acidente. E vai tentar voltar às gravações mesmo sem poder andar. "Já conversei com algumas pessoas da novela. Vou esperar só liberação médica. Quero voltar mesmo de cadeira de rodas", afirmou. Confira a entrevista: Como foi o atropelamento? Foi distração sua ou negligência do motorista? - Eu tinha acabado de estacionar o meu carro e estava chovendo naquele dia. De guarda-chuva caminhei normalmente até o outro lado da calçada. Quando estava quase chegando na calçada, fui surpreendida com uma forte pancada na minha perna direita. O atropelamento aconteceu do nada! Não tive culpa e nem vi de onde surgiu o carro que bateu em mim. Quem lhe prestou socorro? - Sinceramente não sei quem me ajudou naquele momento. Depois de você passar por uma situação como essa não se atenta muito as coisas, ainda mais quando está ferida. Só sei que tentaram me levantar e quando viram que eu não conseguia andar, me carregaram até um carro e me levaram para uma clínica perto dali. Quais foram os seus ferimentos? - Tive fraturas no joelho e tornozelo direito. Você precisou fazer alguma cirurgia? - Sim, tive que colocar placas e pinos e enxertos na perna. Hoje ainda estou aprendendo a andar de andador por conta da fisioterapia que faço diariamente. Mas tenho muita fé que em breve voltarei a andar normalmente. Sei que poderia ter sido algo muito pior. Como é o seu dia a dia hoje? - Fico basicamente na minha cama. Algumas vezes vou de cadeira de rodas para a sala para tomar um café ou me alimentar. Tenho um cabeleireiro que vem em casa e lava o meu cabelo. Logo que saí do hospital e voltei para a minha casa tinha uma enfermeira que me dava até banho. Já tirei os pontos da cirurgia e vou continuar me dedicando ao tratamento para voltar a ativa logo. Vivi um pesadelo e quero apagar tudo isso da minha memória! Tenho dormido muito mal. Só consigo ficar numa única posição na cama... Mas tudo vai passar! Na hora do atropelamento, você chegou a pensar que poderia ter acontecido algo pior? - Não. Sou uma pessoa muito espiritualista. Não cheguei nem a desmaiar, mas senti na mesma hora que minha perna tinha tido uma grave lesão. Mas nada mais do que isso. Vai voltar a participar da novela Caras & Bocas? - Pretendo. Já conversei com algumas pessoas envolvidas na novela e pedi para fazer um teste quando meu médico me liberar. Quero ver se consigo gravar de cadeira de rodas sem sentir dor. Ainda sinto muitas dores. O Jorge Fernando, diretor de Caras & Bocas, me enviou um buquê de flores logo que cheguei do hospital. O Walcyr Carrasco, autor da novela, conversa direto com minha empresária para saber como estou. Disse que não imaginava que as pessoas gostassem tanto de mim como ele percebeu depois o acidente. Disse que das camareiras aos atores, todo mundo pergunta por mim e me desejaram boa sorte. Fora as dificuldades físicas, o que mudou em sua vida depois desse acidente? - Eu já estava muito abalada emocionalmente pela morte da minha mãe, 15 dias antes do atropelamento (nesse momento a atriz começou a chorar). as duas coisas aconteceram muito próximas. Isso me traumatizou. Ainda estou muito chocada com tudo isso. Não desejo o que passei a ninguém. Já sofreu algum outro tipo de acidente grave como esse? - Nunca tinha sofrido nada disso. A não ser com unha quebrada (risos)! Agora se considera uma nova Carmem Verônica? - Não. Sou a mesma Carmem Verônica de antes. Não vai ser a roda de um carro que vai me tirar de circulação.