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Badalado ecodesigner italiano estimula consumo sustentável

Ecodesigner Marco Capellini explica que as pessoas são responsáveis pelo que compram e tem que estar preocupados com a natureza

Redação Publicado em 03/11/2011, às 18h52 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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A MokaCrystal é uma evolução da Bialetti tradicional, e também é feita com materiais reciclados - Divulgação
A MokaCrystal é uma evolução da Bialetti tradicional, e também é feita com materiais reciclados - Divulgação

“Quando você está em busca de um namorado, não acaba escolhendo um apenas pela aparência, certo? É preciso, antes, saber suas principais características, o que ele pensa, quais são seus valores. O ideal seria que fizéssemos o mesmo com os produtos que compramos”.

Foi com esta fala que o arquiteto e ecodesigner Marco Capellini, curador da mostra Design Italiano para a Sustentabilidade, começou a visita guiada feita exclusivamente para o Living Design no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo.

A mostra, que vai até o dia 6 de novembro, tem como objetivo principal mostrar ao consumidor que ele é responsável pelo que compra, e que as empresas devem estar mais atentas a materiais reciclados e recicláveis. O evento dá continuidade ao projeto do Ministério do Meio Ambiente da Itália, que começou com o livro Design italiano per la Sostenibilitá, editado em 2009. A publicação teve a finalidade de colocar em evidência uma seleção de produtos de empresas italianas que souberam integrar responsabilidade ambiental com inovação e design.

Alguns destes produtos – 40, para ser mais exato –, estão no MCB. A cafeteira Bialetti, que é um verdadeiro ícone italiano, está lá. Aliás, você sabia que ela é fabricada com alumínio reciclado desde sempre? Além dela, Marco Capellini nos mostrou artigos de escritório feitos com faróis automotivos, estantes modulares de papelão, bolsas de couro reciclado, poltronas recheadas com plástico de embalagens, travessas feitas com vidros de ampolas, e muitos outros artigos que, se ele não tivesse dito, jamais teríamos adivinhado que eram provenientes de materiais reaproveitados.

Ao lado de cada peça, foram colocadas legendas que informam não só a autoria dos produtos e suas características, mas também apresentam ícones com dados sobre as possibilidades de reciclagem, a redução de emissões de CO2, economia energética e a redução na utilização de recursos naturais – dados estes que são obtidos através do rastreamento atento de todo o processo produtivo. “Se você soubesse que aquele produto foi feito com mão-de-obra escrava, ou tivesse prejudicado o meio-ambiente, será que mesmo assim você o levaria para casa? Provavelmente, não”, aposta Capellini.

Uma ala da exposição é dedicada exclusivamente a apresentar materiais reciclados desenvolvidos na Itália que estão sendo reunidos numa “materioteca”, a Matrec, que inclusive já tem representação no Brasil com Adriana Fortunato, coordenadora local da mostra. A ideia é que empresários daqui conheçam essas “invenções” e se interessem por aplicarem em seus negócios.

A partir de agora, que você já está mais consciente sobre a importância do nosso papel no ciclo do consumo, pare e pense sempre na origem dos produtos que você compra. Ele é feito de material reciclado? É reciclável? Qual foi a mão-de-obra usada na sua fabricação? Levar isso em consideração se faz mais do que necessário para vivermos num mundo melhor.

Veja na galeria de fotos da coluna algumas imagens desses objetos, além da foto que o próprio ecodesigner fez questão de tirar ao lado do nosso smart. E não deixe de sempre dar uma olhada no meu blog, monicabarbosa.com.br, onde posto diariamente notícias mais do que interessantes sobre o mundo do design. Até lá!