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Comemorações natalinas ajudam a fortalecer relacionamento amoroso

por Alberto Lima* Publicado em 20/12/2010, às 21h26 - Atualizado às 21h26

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Comemorações natalinas ajudam a fortalecer relacionamento amoroso
Comemorações natalinas ajudam a fortalecer relacionamento amoroso
Não há como negar: o Natal favorece a expressão de um amor maior. O plano íntimo da relação, palco em que a maior parte dos eventos amorosos se dramatiza, cede espaço à preponderância de uma modalidade coletiva de aconchego e convívio. A intimidade não deixa de existir, mas passa a dar suporte ao grupo de pertença, à família, aos amigos. Com isso, nada se perde e muito se tem a ganhar: a relação amorosa se encorpa, sai fortalecida. Idiossincrasias, vontades pessoais e caprichos são incompatíveis com o espírito do Natal. As marcas dessa ocasião são a comemoração e a confraternização, nas quais sobressai o prefixo "com". Esse "com" requer a suspensão de tudo que é pessoal e privativo em favor do que é e pode ser compartilhado. A intimidade se expande para incluir todos os amores. Para quem tem filhos, o momento torna-se ainda mais especial. É importante para estes a observação da atitude dos pais em suas relações. Sua aprendizagem social e a internalização dos valores mais profundos que permeiam as festividades dependerão do bom exemplo dado pelos adultos. Como o que vem dos pais é visto e sentido pelos filhos como uma orientação, quase uma "lei", o comportamento ulterior que assumirão espelhará o dessas figuras, que são as mais significativas de suas vidas. Todo o ambiente natalino revela e fortalece papéis. No exercício das funções que se convencionaram qualificar como "paternas", marido e mulher se ocupam da preservação dos contornos do abrigo familiar: fisicamente, a casa e seu conteúdo; psicologicamente, a segurança, a continuidade, o "chão". As funções que se conhecem como "maternas" requerem do casal a zeladoria pela nutrição, pela atmosfera amorosa do lar, pelas trocas afetivas significativas, o que inclui o clima de conforto e acolhimento que a ocasião propicia. Juntas, essas funções suprem a todos o cuidado de que necessitam para se sentir unidos, coesos, aliados. Conflitos conjugais que porventura existam podem e devem ser silenciados. Isso não indica que estarão sendo dissimulados, ingenuamente suprimidos, ou mesmo escamoteados. Significa só que o casal compreende que há um propósito maior a ser atendido. A nutrição e a segurança experimentados por ocasião do encontro natalino dão suporte às pessoas e as capacitam para retomar o manejo dos conflitos, oportunamente, em bases mais maduras e por meios mais sensatos. Em razão de sua natureza, o que aqui se descreve é o Natal como grande oportunidade para o fortalecimento dos vínculos, para a renovação do compromisso com os valores escolhidos para nortear a própria vida e a da coletividade familiar, ou da parceria conjugal. Para que essa oportunidade seja bem aproveitada, é preciso refletir sobre o sentido da vida, sobre os planos de ser feliz, sobre o futuro que se quer e sobre as responsabilidades para com o presente que se tem. Valores não são meras ideias. São o sustentáculo das ações e atitudes que tomamos. Disso decorre que não basta ter o propósito de cultivar um valor, se as ações não o veicularem com clareza, consistência e coerência. Na qualidade de quem zela pelo bem suceder dessa empreitada tão bonita, o casal é que tem o privilégio de fazer valer cada um desses propósitos. Que essa honra seja também a sua alegria. Desejo a todos um Feliz Natal.