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A nova vida de Ana Paula Padrão na TV

Em tour pela Argentina, apresentadora do Masterchef Brasil comenta opção de se afastar dos telejornais

CARAS Publicado em 25/11/2014, às 17h35 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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A apresentadora visita vinícola em Mendoza,  na Argentina, onde grava episódio do talent show MasterChef, atração que comanda na tela da Band. - Caio Guimarães
A apresentadora visita vinícola em Mendoza, na Argentina, onde grava episódio do talent show MasterChef, atração que comanda na tela da Band. - Caio Guimarães

No dia do seu aniversário de 49 anos, Ana Paula Padrão, uma das mulheres mais influentes da TV brasileira, afirma que nunca correu atrás de sonhos impossíveis. “De possível em possível, minha filha, você vai longe. Só miro naquilo que eu sei que posso ter. Não sofro com o que está fora do meu alcance. O que tenho já é o bastante para quem nasceu em Brasília, em 1965, filha de uma família de classe média baixa”, diz a jornalista e apresentadora, que tem motivos de sobra para se orgulhar de sua trajetória.

Foram cinco anos na bancada de telejornais na Globo, quatro no SBT e outros quatro na Record. Há mais de um ano afastada da TV para se dedicar ao empreendedorismo, ela retorna no comando do talent show MasterChef Brasil, que vai ao ar nas noites de terça, na Band. É uma competição entre cozinheiros amadores e um dos episódios foi gravado na Bodega Familia Zuccardi, uma das grandes vinícolas de Mendoza, na Argentina. Porém, a maior parte do programa acontece em um estúdio de mais de 1000m2.

Ana Paula, que se diz uma boa cozinheira, está vibrando com a atração e aprendendo técnicas da culinária. “Gosto muito de ingredientes frescos. A cozinha mediterrânea é a minha preferida”, conta, animada.

De telejornal, ela não quer saber mais. “Dentro do jornalismo, sempre gostei muito mais de reportagem que de apresentação. Quando vi que tinha duas empresas estruturadas o suficiente para me permitir deixar de ser apresentadora, não renovei meu contrato com a Record. Não queria mais ficar na bancada. É uma relação comercial: você empresta sua credibilidade ao jornal. O break é tão mais caro quanto a credibilidade do telejornal. É um negócio bom para a emissora e para o apresentador, mas para mim chegou a um limite. Nem tudo pode ser comercial na vida. Eu queria ter mais prazer com as coisas que faço”, confessa.

E entre suas atividades, além do MasterChef, estão a direção da agência de conteúdo Touareg e do portal Tempo de Mulher, hospedado em portal com 28 milhões de páginas vistas por mês. “É o maior portal feminino de conteúdo próprio do Brasil”, declara. “Precisava de mais tempo para as duas empresas. A primeira empreendi por oportunidade; a segunda, por desejo”, emenda a empresária.

Aliás, se Ana Paula tem um sonho de consumo, o nome dele é tempo. “Hoje, é o produto mais escasso e perecível que há. Sei que trabalho muito, mas é muito menos do que já trabalhei. Agora faço coisas que me dão mais prazer e só aceito projetos que não absorvam 100% do meu tempo”, diz ela, que também escreveu um livro, O Amor Chegou Tarde Em Minha Vida, e que ainda está envolvida com a Escola de Você, uma plataforma digital com linguagem de TV para fazer com que mulheres aumentem sua autoestima e, assim, melhorem sua qualidade de vida, de sua família e da comunidade. “Esse projeto fala muito ao meu coração”, comenta.

Casada há 12 anos com o economista Walter Mundell (60), Ana Paula não teve filhos. “Se um dia isso me fizer falta, eu adoto. Não sinto falta de ter crescido uma barriga em mim. Cheguei a ficar grávida e perdi com três meses. Não ter filhos já foi uma dor, mas não é mais”, constata.

A beleza, Ana Paula diz que é genética, vem da mãe, Shirley (68). “Minha preocupação básica é me manter magra. Estou convencida de que manter meu peso equilibrado traz mais saúde a longo prazo. Me peso todos os dias de manhã no mesmo horário. Quando percebo que abusei, fecho a boca”, explica. Ela não pode fazer exercícios sem a supervisão de um fisiopata devido à artrose na coluna que a levou a uma cirurgia recente. É uma doença genética que a atacou cedo. Seu pai, o advogado Fausto (83), está em uma cadeira de rodas. Daí, o cuidado especial da jornalista com a sua coluna.

A menina que leu A Mulher de Trinta Anos, de Balzac (1799– 1850) aos 12 anos de idade e cuja música favorita é She, de Charles Aznavour (90), teve educação católica, mas diz não ter religião. “Estudei judaísmo, islamismo, budismo... Acredito em Deus, mas não o das religiões. Se você gerar energia boa, isso gira. Gasto minha energia no que eu estou construindo, baseado no que considero princípios morais adequados, no que papai me ensinou. Não me sobra tempo para invejas ou rancores. Acho que isso é viver bem, é fé. Sou uma otimista que acredita no bem”, define ela. E acrescenta: “A minha fé está na minha capacidade de produzir coisas boas, porque eu sei que isso vai voltar para todo mundo. Deus é você fazendo coisas legais para os outros. Senão, de que nos serviria estar aqui?”, conclui Ana Paula.