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Humberto Martins sobre 'Em Família': 'o mundo precisa de Virgílios e Virgílias'

CARAS Publicado em 15/07/2014, às 11h36 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Humberto Martins - MARIANA VIANNA/A7 FOTOGRAFIA E IMAGEM
Humberto Martins - MARIANA VIANNA/A7 FOTOGRAFIA E IMAGEM

Oator Humberto Martins (53), o Virgílio de Em Família, um dos destaques da novela que termina nesta sexta-feira, 18, encara com ponderação e desprendimento a passagem do tempo e suas transformações. “Todos nós vamos ficando mais enrugados ou esticados. No meu caso, envelheço sem plástica. Prefiro assim, com as rugas de acordo com a idade. Isso é importante até na minha profissão, para que os movimentos do corpo sejam condizentes com a expressão do meu rosto e eu me adeque melhor aos personagens”, observa o galã, na Ilha de CARAS. Isso não significa que a preocupação com a aparência fique de lado. “Me cuido. Lavo bem o rosto, uso hidratante, procuro tratar para estar com ele o mais apresentável. Além disso utilizo o surfe e o stand up paddle para a preparação física, como se estivesse em uma academia”, conta.

A trajetória profissional de cerca de 30 anos também é alvo de análise. O ator celebra a forma como conduz a carreira e se diz realizado. “Quando iniciei, queria chegar ao patamar do Paulo Gracindo, de forma digna, atingir a maestria de Elias Gleizer, Paulo Autran e Raul Cortez. Hoje, sinto que estou em fase especial da vida e da carreira, vejo bons personagens acontecerem. Me sinto honrado e feliz de ter feito pela primeira vez uma novela do Manoel Carlos. Foi um aprendizado”, garante, exaltando o personagem de Em Família. “O mundo precisa de Virgílios e Virgílias. A dilaceração das relações conjugais acontece pela intolerância e pela falta de diálogo. Mostrei ao público que é possível ser passivo e feliz. Isso não significa que a pessoa não tenha pegada ou sexualidade forte. Não tenho nada a ver com Virgílio, sou mais ativo, ágil e grandiloquente. Mas tenho momentos meio a meio. Já vivi o amadurecimento para esse lado de complacência com a família e de entendimento com os filhos através do diálogo, mas não sou tão pacato”, destaca ele que, após a trama, conclui as filmagens do longa E.A.S – Esquadrão Antissequestro.

Em meio a tanto trabalho, Humberto não deixa de encontrar tempo para os filhos, Thamires (24) e Humbertinho (17), da união com Ana Lúcia Mansur (49), e Nicolle (7), com a jornalista Andréa Abrahão (31). No fim do mês, ele completa três anos de namoro com a atriz Marcia Del Anillo (39), mãe de Anna Luiza (13), que viveu sua filha no remake de O Astro. O casal se envolveu nos bastidores da trama e agora vive nova rotina. Há quatro meses, Marcia mora em Porto Alegre, onde deve rodar um filme até o fim do ano.

– Hoje em dia você acha melhor viver em casas separadas?

É saudável, cada um tem sua vida. Quando este desejo existe nos dois lados, é possível. É bom, rejuvenescedor, você cultiva a saudade. Pode matá-la quando desejar e a vida não fica obrigatória. Relação com cobrança ou falta de confiança é chata.

– O que mantém a relação?

Existe amor. Gosto do jeito de falar da Marcia, tem um charme, e ela me entende. Se passa uma pessoa bonita e olho, não diz que olhei para outra mulher. Eu também não repito esse gesto três vezes, como se estivesse paquerando. Mente quem diz que não faz isso. Ela acha o homem bonito. Eu, a mulher bonita. Ponto, não passa disso. É só um exemplo.

– Mas você é machista?

De forma alguma. Tenho esse jeito, um falar grosso, mas é estereótipo. Sou é um cara macho, não contemporâneo, pouco liberal. Mas não pergunto com quem ela conversa ao telefone, aonde vai. Respeitamos os direitos do outro.

– É romântico?

O romantismo é importante, mas perigoso, nos deixa sonhador. Você deve ser romântico, educado, generoso, carinhoso, mas não o cara que ilude e faz frases de sonho sobre coisas que não vão se concretizar e quebram um sentimento. Tudo deve ser levado com equilíbrio, amar com cuidado.

– Está mais caseiro?

Sempre fui. Mesmo jovem, raramente ia a boates. Se deitar de madrugada, posso dormir 8 horas, que vou continuar troncho.

– Você planeja mais filhos?

Não. Criar filho é difícil. Consegui dar uma estabilizada, não necessito trabalhar em várias coisas ao mesmo tempo como antes. E gosto de consertar arestas do passado causadas pelas exigências do meu ofício, que não tem horários rígidos e onera os domingos. Mesmo quando trabalhava muito, procurei ser acima de tudo amigo dos meus filhos, me preocupando com todos por igual.

– Gostaria de ser avô?

Claro, mas não peço isso nem para Thamires, a mais velha. É decisão deles, acho que devem se formar primeiro.