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Teatro / DIA DO ORGULHO LGBTQIA+

Gabriel Lodi, de A Herança, defende diversidade e fala sobre relação com Erika Hilton

Em entrevista à CARAS, Gabriel Lodi revelou que relacionamento com a deputada Erika Hilton durou cinco anos e os dois permanecem amigos

por Surenã Dias

sdias_colab@caras.com.br

Publicado em 28/06/2023, às 20h13 - Atualizado em 29/06/2023, às 14h58

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Ex-namorado de Erika Hilton, ator Gabriel Lodi é um dos destaques do elenco da peça A Herança - Foto: Reprodução / Instagram
Ex-namorado de Erika Hilton, ator Gabriel Lodi é um dos destaques do elenco da peça A Herança - Foto: Reprodução / Instagram

Destaque no elenco de A Herança, espetáculo que tem feito sucesso em São Paulo, o ator Gabriel Lodi tem visto o projeto como uma grande oportunidade de falar sobre diversidade para um público além da comunidade LGBTQIAP+. Em entrevista CARAS Brasil, ele falou um pouco sobre representatividade e também sobre o relacionamento com a deputada federal Erika Hilton, que terminou recentemente.

"Esse projeto é ambicioso porque ele leva para o mainstreaming vivências LGBTs, não é uma peça que só tem um representante, um estereótipo, que vai tentar resumir em si o que é uma comunidade inteira", defende o artista, que está em cartaz no Teatro Raul Cortez.

Com direção de Zé Henrique de Paula, produção de Carlos Martin e idealização de Bruno Fagundes, a peça A Herança é uma adaptação brasileira de um sucesso da Broadway que recebeu inúmeros prêmios. O projeto aborda a temática LGBTQIA+ e fala sobre o surgimento do HIV/Aids.

"A gente tem muitas peças sobre o assunto, temos muitos artistas LGBTs, mas ainda ficávamos em um circuito mais alternativo de teatro. É outro alcance falar dessas vivências, porque não é só a comunidade LGBT que está indo alí assistir, isso também muda bastante", disse.

Conhecido também por seu trabalho enquanto ativista trans, o ator vê sua escalação para o projeto como um avanço dentro da discursão da pauta representatividade dentro do mercado. Ele aponta que, apesar de pessoas trans estarem conquistando alguns espaços em projetos na TV e cinema, ainda há um caminho longo a ser percorrido. 

"São pequenas conquistas de uma luta muito grande, que veio antes de mim e que ainda vai continuar por um bom tempo, para que a gente pudesse falar minimamente que existimos. São conquistas incríveis, mas estamos subindo os degraus, para conseguir mudar o imaginário social", declarou.

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"O audiovisual moldou muito do que se pensa, como se reage e como socialmente pensamos a diversidade. Então a representatividade está em poder dizer hoje que a gente existe, esse é o primeiro passo, estamos nesse lugar ainda. A gente existe, a gente está aqui e é capaz de atuar, ir para a política, se formar, ser médico, professores e tudo o que a gente quiser ser", afirmou.

APOIO DA EX-NAMORADA 

Na estreia de A Herança, Gabriel teve na platéia a presença da deputada federal Erika Hilton, sua ex-namorada. Apesar do fim do relacionamento, que durou cerca de cinco anos, os dois permanecem próximos e torcendo um pelo outro: "A gente é super amigo, por isso ela foi na estreia e não deixaria de estar ali, ela acompanhou parte do processo". 

"A Erika é uma referência, é uma mulher que eu admiro e vou admirar muito pela trajetória, pelo trabalho e como ela inspira. Quando eu a conheci, uma das primeiras coisas que eu falei para ela foi isso: 'Você inspira com sua fala, você tem uma potência de organizar ideias, de expressar as coisas de uma maneira que atinge as pessoas muito facilmente. Então eu sou total apoiador da Erika, parceiro fechado, como apoiador e admirador", afirmou. 

Atuando em uma peça que fala de assuntos como as dores da comunidade LGBTQIA+, Gabriel confessa que às vezes o próprio texto mexe internamente. Ele conta que ter amigos e familiares por perto é fundamental para conseguir descarregar um pouco a energia acumulada nas sessões.

"É uma peça que exige bastante da gente. Por mais que a gente esteja ali no palco, ela é uma peça que fala das nossas vivências, então tem coisas ali que por mais seco que a gente esteja, emociona. Tem coisas que batem", disse. 

"Se não são amigos e do apoio que você tem para descarregar essas coisas. A gente está falando de dores, porque a gente tá falando de um mundo que é violento e hostil para as nossas vivências. Então quando a gente cutuca isso, precisamos estar cercados dessas redes que vamos construindo. Se não for isso, não conseguimos nem entregar, porque senão a gente se esvazia. É fundamental", contou.