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Revista / PROTAGONISMO

Ramille, de Família é Tudo, festeja reconhecimento: 'Sempre acreditei que ia dar certo'

Em entrevista à Revista CARAS, a atriz Ramille comemora personagem destaque em 'Família é Tudo' e avalia trajetória na arte

Ramille celebra reconhecido com personagem em 'Família é Tudo' - EDUARDO DE PAULLA
Ramille celebra reconhecido com personagem em 'Família é Tudo' - EDUARDO DE PAULLA

Autoconfiança, fé e dedicação descrevem bem Ramille (26). Desde pequena ela entendeu que queria ser artista, que a caminhada não seria fácil, mas que daria certo. E não é que deu?! Cantora e atriz, ela faz sua estreia em novelas como a Andrômeda, da global Família É Tudo, e antes já chamava atenção como a Melissa da série Encantado’s, também da emissora. Feliz com o espaço conquistado, ela garante: “Nunca sonhei em ser famosa, quero ser reconhecida pelo que faço e, graças a Deus, isso está acontecendo!”, celebra, em papo exclusivo com a Revista CARAS.

– O que veio primeiro?

– A música, desde pequena tinha vontade de ser cantora, gostava de me apresentar nos aniversários dos outros, fazia coreografia.Comecei a fazer aula de canto, fiz street dancing, fui passista do Salgueiro, sempre me envolvi de alguma forma com as artes e aí me deu vontade de fazer teatro. Fiz e depois parei para focar na música.

– E quando voltou?

– Em 2020, fiz um curso voltado para interpretação para TV e cinema e amei. Estudei muito na pandemia, fiquei dedicada porque foi ali que me encontrei, entendi que era isso que eu queria para a minha vida. Vieram testes e mais testes e eu quase passava.

– Muitos ‘nãos’?

– Muitos! Quase fiz Malhação, aí caiu, depois quase fiz uma novela e caiu, quase fiz outra e caiu. Até
que fiz teste para Encantado’s e passei. Gravei a primeira temporada, quase fui para outra novela, mas não me liberaram porque eu já tinha a segunda temporada da série para gravar. Depois da segunda temporada, fiquei um tempo desempregada, mas estudando.

– Esses ‘nãos’ a desanimavam?

– Todos os trabalhos que não rolaram, pra mim, nunca foram uma coisa que eu ficasse triste ou desacreditada. Jamais! Parecia que era mais um combustível para eu persistir. Sempre acreditei que o que era para ser meu ia ser na hora que tivesse que ser. Sempre tive o apoio dos meus pais, eles me deram suporte não só emocional, mas financeiro também. Agradeço a Deus porque muitas gente não tem a chance de poder ficar só estudando e eu tive. Sou privilegiada, abençoada e agradeço a eles eternamente. Por isso digo que essa vitória não é minha, é nossa, porque foram eles que me proporcionaram todos os cursos, tudo para hoje eu viver meu sonho.

– Sempre teve essa confiança de que ia dar certo?

– Eu sou uma menina de muita fé. Sempre acreditei que ia dar certo, sempre! Na pandemia, eu estudei o triplo, o quádruplo, me dediquei cem por cento e hoje colho os frutos dessa minha dedicação. Por isso falo que as pessoas têm que focar e não deixar de estudar, porque as oportunidades não brotam do nada, o trabalho traz as oportunidades. Sempre acreditei que se eu me dedicasse, e com toda a estrutura que a minha família me deu, alguma hora ia rolar. É claro que quando eu era pequena
era difícil me olhar na TV e falar: “Eu posso estar ali!”, mas quando surgiu a Taís Araujo, quando começaram a surgir essas atrizes, foi ficando mais possível. 

– E como tem sido viver isso?

– Agora a ficha caiu, mas às vezes paro para pensar e fico: “Meu Deus, eu sou protagonista de uma
novela!”. Até ontem as coisas não aconteciam. Eu moro em Irajá, sou suburbana, sou preta, às vezes
é muito doido! É uma vitória, mas com o pé no chão de que é mais um passo na minha carreira. Estou
dando o meu melhor para que isso gere frutos. O trabalho de hoje é fruto de um cultivo da vida, de
muito tempo e continuo cultivando para lá na frente conseguir colher mais frutos.

– Tem a mesma autoestima da sua personagem Andrômeda?

– Não (risos). Óbvio que agora, nós, mulheres pretas, a gente se entendeu, sabe o nosso poder, como mulher mesmo. Minha mãe sempre me ensinou a ser essa mulher guerreira, se achar bonita, forte e sempre fui assim. Não que sou boa pra caramba, a melhor do planeta, mas me acho bonita, competente, inteligente. Claro que tem dias que a TPM vem e derruba, a gente fica se sentindo
horrível, feia, mas acredito muito na minha dedicação, em quem eu sou, que se estou no lugar onde
estou é porque sou competente, porque sou boa. Claro que posso melhorar, estou sempre em evolução, mas se estou aqui é porque eu mereço. É importante a gente ter essa confiança em nós mesmas, às vezes a gente fica balançada, é normal. Lógico que tenho insegurança, mas tenho que encarar, eu vou com medo mesmo.

– Está conciliando a novela com a música?

– Deu uma paradinha porque foquei muito na minha carreira como atriz e, apesar de eu ser cantora, a vida apresenta várias possibilidades, cabe a você escolher as melhores. As verdadeiras oportunidades vieram depois que me dediquei à atuação. Mas não sou uma pessoa que fecha portas, pelo contrário, vou abrindo mais e mais. Sou uma pessoa aberta, eu jogo para o universo e se for da vontade de Deus e dos orixás, a gente está indo!

– Você está solteira?

– Estou namorando, mas os detalhes prefiro deixar em off, porque sou uma pessoa reservada.

– Como consegue manter a privacidade agora com a fama? Vai para lugares mais discretos, não publica sobre sua vida pessoal nas redes sociais?

– Vou pra onde tenho vontade, para lugares que sempre fui com minhas amigas. Antes mesmo da novela, nunca fui de postar muito sobre a minha vida pessoal. E tento viver a minha vida do jeito que ela
era, para não esquecer quem eu sou, para continuar com meu pé no chão. Sigo minha vida fingindo que está tudo normal, como se eu fosse a Ramille ainda que ninguém conhece. Sempre fui muito preocupada em nunca perder minha essência, nunca esquecer de onde eu vim ou quem esteve comigo. Dou muito valor a essas pessoas e a todas as oportunidades que recebi. Claro que uma terapia também é importante.

FOTOS: EDUARDO DE PAULLA; BELEZA: ANA PAULA SANTANA; STYLING: SABRINA MOREIRA; AGRADECIMENTOS: CASA JOÁ 94
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