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Informação e paciência ajudam os pais a lidar com o recém-nascido

Sandra de Oliveira Campos Publicado em 04/05/2006, às 15h33

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Sandra de Oliveira Campos
Sandra de Oliveira Campos
Sair da maternidade com um bebê no colo provoca nos pais de primeira viagem sentimentos contraditórios. Eles estão felizes, claro, mas, ao mesmo tempo, assustados. A maioria fez um cursinho rápido sobre como cuidar do recém-nascido. Mas, quando chega a hora de pôr a teoria em prática, é difícil quem não titubeie. Por isso, além de estar bem-informados, os pais precisam ter paciência, experimentar e aprender com o próprio filho sobre como melhor atendê-lo. Para dirimir a enorme quantidade de dúvidas, vale a pena procurar um pediatra antes do parto e contar com sua ajuda nesse começo de convivência. O primeiro susto é a mudança de comportamento. Quando está no hospital, o bebê dorme muito e chora pouco. É que ainda aproveita nutrientes recebidos da mãe, não precisa tanto de alimentação, está meio alheio ao mundo externo. A partir do quarto dia, justamente na hora de ir para casa, passa a chorar mais, requerer atenção. É normal, mas os pais acham que a culpa é deles, ficam inseguros. Têm medo até de pegar o bebê no colo, o que é muito simples: basta dar apoio à cabeça e ao início da coluna cervical, logo abaixo do pescoço. Isso precisará ser feito até o terceiro mês, quando, com o sistema nervoso mais desenvolvido, ele consegue firmar a cabeça sozinho. Também se assustam com a moleira, abertura entre os ossos do crânio que fecha por volta de 18 meses de idade e que não representa qualquer risco. A mãe deverá amamentar o filho quando este solicitar, mas não precisa ficar por sua conta. Intervalos de três horas são razoáveis, podendo ser maiores à noite. Se receber o leite materno, a criança não precisará de mais nada. Nem de água. Quando ela se mostrar saciada, deve ser colocada na posição vertical, para que arrote. Depois, pode ir para o berço, de barriga para cima ou de lado. Não é aconselhável deixá-la de bruços, pois isso dificulta a respiração. Se regurgitar demais, pode ficar no carrinho, com a cabeça mais elevada que o corpo. Se apresentar cólica, pode ser posta de bruços, no colo, com o apoio de uma almofada na barriga. Fazer movimentos suaves de flexão com suas pernas também ajuda. É comum o bebê defecar depois de mamar. Sempre que o fizer, deve ter a fralda trocada, após uma limpeza com algodão e água morna. Nunca o deixe por mais de quatro horas com a mesma fralda. Caso surjam lesões ou manchas na pele, o pediatra deve ser informado. É bom saber que o bebê sente mais ou menos o mesmo calor ou frio que os pais. Espirros são comuns, independentemente do clima. Soluços também. Estes podem parar com a sucção. Não adianta nada colocar fiapos de lã entre os olhos da criança. A não ser que faça muito frio ou haja uma corrente de vento, janelas abertas são bem-vindas, arejam o ambiente. Além de aconselhável, um banho diário é gostoso. A água, morna, deve ser testada antes de se colocar o bebê, com a cabeça e a coluna cervical apoiadas numa das mãos do adulto. O único produto apropriado para essa fase é um sabonete neutro. Todo o corpo pode ser banhado, inclusive a cabeça. A maternidade costuma fornecer à mãe álcool a 70 graus para a limpeza do umbigo. Não há necessidade de gaze, faixa e muito menos esparadrapo. Tampouco deve-se colocar moedas por cima, como fazem certas famílias. O resultado estético não dependerá de atitudes como essa. A criança não precisa ficar numa redoma. Pode sair de casa, desde que se evitem aglomerações. As doenças, em geral, vêm das pessoas. É bom também impedir que animais domésticos e outras crianças fiquem a sós com o bebê. Mesmo sem querer, podem machucá-lo. Aos poucos, os pais vão perceber os hábitos do filho, compreender suas demandas, adquirir confiança. Aí, poderão desfrutar melhor a relação. Afinal, além de cuidar e estar atentos a sinais estranhos, como apatia ou choro excessivo, para informar o médico, eles precisam acariciar e aconchegar o bebê - e essa é a melhor parte.