CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

Simone e Simaria buscam corpo de pai enterrado há mais de 20 anos

Em entrevista, elas contaram que procuram o corpo do pai que foi enterrado como indigente

CARAS Digital Publicado em 03/11/2016, às 10h24 - Atualizado às 10h26

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
A Dupla falou para o Vlog de Caras qual o luxo que elas conheceram depois da fama e que hoje elas não abrem mão. Confira - CARAS Digital
A Dupla falou para o Vlog de Caras qual o luxo que elas conheceram depois da fama e que hoje elas não abrem mão. Confira - CARAS Digital

As irmãs Simone e Simaria contaram em entrevista ao programa De Cara, da rádio O Dia, que estão procurando o corpo do pai delas há mais de 20 anos. Ele morreu aos 44 anos, quando elas ainda eram crianças, e foi enterrado como indigente. 

"A gente não tinha dinheiro, não tinha nada. A gente morava numa casa de tábua, no meio do garimpo, que é onde você vai pra pegar diamante, pra ver se acerta na vida, e o garimpo era o Garimpo do Arroz. Um lugar muito perigoso", contou Simaria. "Todos os dias a gente via pessoas mortas na porta de nossa casa, assassinadas mesmo. Foi muito triste nossa infância com nossos pais. Minha mãe sofreu muito com meu pai. A gente não tinha nada na vida, estávamos ali tentando achar uma pedra. Aquele sonho de nordestino, que acha que vai achar uma pedra e vai mudar de vida, salvar a família. Meu pai estava sempre buscando uma vida melhor para nós duas", completou. 

Emocionada, Simaria lembrou do dia em que seu pai morreu. "Ele foi tomar banho. Minha mãe chamou. Quando minha mãe chamava, ele respondia logo. E a gente era louca nele. Ele era incrível. Ele não respondeu. A casa era de madeira, quando olhei pelas frestas, vi ele deitado no chão, lembro até hoje, com a água caindo nos pés", disse. 

Simone explicou que sua mãe pediu ajuda para amigos para fazer o enterro. "Minha mãe, como não teve estudo, e a gente era muito criança. Os amigos que ajudaram a fazer o enterro. E foi assim. Hoje a gente briga na justiça pra conseguir achar o corpo pra fazer tudo direitinho, agora que a gente pode", explicou ela. "Já abriu duas vezes, mas não achou. Achou uma mulher, outra pessoa, mas ele não. Eu tinha 11 anos quando ele morreu. E eu nessa correria louca ainda não consegui parar pra resolver, porque depende da justiça pra determinar um dia, para exumar o corpo", completou Simaria.