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Cinema / Exclusivo!

Nabiyah Be relembra gravações do filme 'Pantera Negra' com Chadwick Boseman: ''Uma gentileza''

Em live exclusiva nas redes sociais de CARAS, Nabiyah Be conta sobre o set de filmagens do filme 'Pantera Negra', estrelado por Chadwick Boseman, que nos deixou recentemente

CARAS Digital Publicado em 02/09/2020, às 11h59 - Atualizado às 15h02

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Nabiyah Be conta sobre gravações do filme 'Pantera Negra' - Reprodução/Instagram
Nabiyah Be conta sobre gravações do filme 'Pantera Negra' - Reprodução/Instagram

Nabiyah Be teve a honra de participar do longa Pantera Negra, da Marvel Comics, e relembrou o contato com o astro Chadwick Boseman, que faleceu na última sexta-feira, 28, de câncer.

Em entrevista exclusiva em live para as redes sociais da CARAS, a atriz falou sobre os bastidores do filme e a interação com o herói.

Nabiyah contou como foi receber a triste notícia da morte do ator“Foi um choque, como pra todo mundo. Acho que ninguém tinha ideia nenhuma de que ele tava nessa batalha de saúde. Mas foi um choque e acho tão irônico da vida que a gente tá em um momento, como o povo negro ao redor do mundo de conscientização, de demanda pelo nosso valor na sociedade".

"Irônico da vida que o nosso, vamos dizer assim, nosso primeiro grande herói, no sentido literal da palavra, morreu, acho, de certa forma, irônico, e quase um presente da vida, porque é como se ele tivesse sido eternizado. E acho que ele foi eternizado”.

Chadwick, que tinha 43 anos, lutou contra um câncer no cólon durante quatro anos e gravou o filme quando já estava doente.

A artista disse que conheceu Chadwick no último dia de gravações. "Só conheci no último dia e ele também foi extremamente generoso. Eu falei: 'to fazendo tal personagem', e ele foi extremamente generoso no sentido de ser um colega e falar: 'poxa, não pude ver você trabalhar’".“Uma gentileza. Eu senti uma pessoa bem simples. Senti uma vitória silenciosa dele, ele não era um dos mais falantes", completou.

“A gente sente a energia da pessoa, a verdade da pessoa. O que eu senti do Chadwick, tanto nos bastidores, quanto no set, e também a personalidade dele fora do set, é que ele me parecia uma pessoa extremamente... uma pessoa só, sabe?”, refletiu.

"Não interagi tanto com ele, mas foi legal esse coleguismo... de olhar e falar: 'tomara que dê tudo certo, que legal'... De olhar no olho, isso é importante”.

Sobre a construção de sua personagem, a vilã Linda, a baiana, que começou a estudar teatro aos 11 anos e aos 18 foi cursar faculdade de artes cênicas em Nova York, revelou que foi uma surpresa. "Aconteceu que não foi a personagem que eu tinha estudado. A Marvel tem dessas de que as coisas mudam muito rápido". E garantiu: "Certas coisas eu fui descobrindo no set”.

"Eu não era uma pessoa que conhecia esse universo”, confessou a artista, que está em Los Angeles, nos Estados Unidos.

Questionada sobre como foi contracenar com astros como Michael B. Jordan, que deu vida a Erik Killmonger e Andy Serkis (Garra Sônica),ela destacou: "Todos foram extremamente gentis comigo. Acho que do Chadwick ao Michael B. Jordan, ao Andy, acho que havia o entendimento de que ‘nossa, essa garota tá começando, mas que legal, poxa, boa sorte, e aí vamos fazer de novo'... Isso foi muito legal”.

A também cantora ainda falou sobre a representatividade e comentou sobre o movimento negro Black Lives Matter, que luta contra o racismo. “Nesse exato momento, eu me sinto extremamente grata. Eu vejo muito a fala de que é uma grande perda e é no sentido de que a gente não vai poder mais acompanhar essa pessoa, o Chadwick... Mas eu sinto que o ganho, e eu me coloco dentro dessa categoria também, é que essa maneira como ele se eternizou é que ele pôde realmente trazer a muitos jovens negros, eu inclusive, uma abertura para uma aceitação, uma valorização, e através disso, trilhar um caminho de mais propósito, de mais autenticidade".

"É como se tivesse deixado pequenos presentes, é um presente”, disse Be. "É muito bonito fazer parte de um filme, no meu caso, meu primeiro filme, que pôde se tornar um movimento cultural, um símbolo de movimento cultural, um símbolo de pertencimento”.

“É como se a gente tivesse atingindo um pico. Mas eu nem sei se o pico é só no sentido coletivo, é uma força interna, de uma consciência interna. Quando a gente entende o nosso poder pessoal, a gente entende o nosso lugar no mundo e através disso, a gente pode fazer de qualquer interação um momento de se educar e também poder educar nossos colegas”, pontuou.