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Especialista alerta que problema de Evaristo Costa pode exigir transplante; entenda

Em entrevista à CARAS Brasil, Dr. Roberto Luiz Kaiser Júnior explicou detalhes envolvendo a doença que Evaristo Costa foi diagnosticado

por Surenã Dias

sdias_colab@caras.com.br

Publicado em 17/01/2024, às 20h23

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Evaristo Costa ficou seis dias internado após ser diagnosticado com a doença de Crohn - Foto: Reprodução / Instagram
Evaristo Costa ficou seis dias internado após ser diagnosticado com a doença de Crohn - Foto: Reprodução / Instagram

O caso de saúde vivido por Evaristo Costa deixou muitas pessoas impressionadas com a gravidade, visto que a doença de Crohn, problema de saúde que levou o jornalista ao hospital, ainda é pouco conhecida por parte da população. Em entrevista à CARAS Brasil, o proctologista e cirurgião geral Dr. Roberto Luiz Kaiser Júnior explicou que a doença é autoimune e pode exigir até mesmo um transplante, como forma de melhorar o tratamento. 

"Doença de Crohn é uma doença inflamatória que acomete todo o trato gastrointestinal, ela tem essa característica de inflamação intestinal. Ela pode começar da boca até o ânus. E o lugar mais comum onde ele inflama é no final do intestino fino e no começo do intestino grosso, no cólon", disse. 

"Ela é considerada uma doença autoimune, ou seja, é como se o intestino não pertencesse a pessoa e o organismo produz anticorpos que vai lá, agride o intestino, tentando combater esse intestino, e acaba inflamando esse intestino", explica.

Luiz Kaiser completa dizendo que o tratamento da doença é bastante delicado e pode gerar complicações, por conta do excesso de medicamentos. "O tratamento é feito à base de medicamentos. Podem ser imunossupressores, que são os remédios para baixar a imunidade e fazer com que os anticorpos agridam menos o intestino"

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"Se os imunossupressores não estiverem funcionando, a gente pode passar para os  medicamentos biológicos, porque eles agem diminuindo esse processo inflamatório", diz ele, que ainda completa informando que os estudos mais modernos acabaram identificando a possibilidade do transplante de células-tronco para facilitar o tratamento, algo que, até o momento, tem apenas 70 pessoas contempladas. 

"É feito para trocar o sistema imunológico, para tirar as células tronco que vão formar um novo sistema imunológico da própria pessoa. Limpa todo esse sistema imunológico  e começa um novo, como se a pessoa nunca tivesse tido a doença inflamatória", conta.

No caso de Evaristo, o problema de saúde acabou sendo confundido como uma gastrite e após alguns exames, como colonoscopia, ele finalmente teve o diagnóstico certo. Segundo o médico Luiz Kaiser, apenas exames específicos conseguem identificar a doença. 

"O diagnóstico é feito através de exames de imagem, que pode ser uma tomografia, mas o mais comum é a colonoscopia. Porque como ela é no final do intestino grosso, o cólon é um dos lugares mais comuns, então a colonoscopia faz o diagnóstico. Também pode ser por uma enterotomografia, que é uma tomografia do abdômen que vai pegar o intestino fino inteiro, de um modo geral", frisa.