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Isabel Swan sonha com as Olimpíadas do Rio

Em sua casa em frente à Baía de Guanabara, velejadora brasileira faz planos para ter uma vaga na competição. "“A vela é a minha vida", diz ela.

CARAS Publicado em 27/08/2014, às 07h57 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Isabel Swan - Fernando Lemos
Isabel Swan - Fernando Lemos

Movida pela paixão por maresia e o balanço ao sabor do vento, Isabel Swan (30) leva sua vida. Velejadora profissional há nove anos e medalhista de bronze na Olimpíada de Pequim, em 2008, a atleta também divide com o mar os momentos longe das raias. Há cerca de um ano, ela comprou seu primeiro imóvel, em Niterói, Rio, com vista arrebatadora para a Baía de Guanabara e decorado com artigos que traduzem bem a natureza esportista. “Minha casa mistura tudo que amo. Tem objetos comprados em viagens, prêmios, minha história e o mais importante: deitada na cama, já sei se o vento está próprio ou não para velejar”, conta ela, ressaltando ainda que consegue ver da janela a raia onde vai acontecer a competição de vela na Olimpíada de 2016, na qual sonha representar o Brasil com a parceria Renata Decnop (27), na classe 470. Somente no fim de 2015, a CBVela anuncia os donos das vagas em 10 categorias. 

Disciplinada, Isabel segue dieta saudável e rotina de treinamento rígida. “Um esporte de alto rendimento exige muita dedicação, além de cuidar do físico, fazer a logística, preparar o barco, subir as velas, trocar as peças...”, justifica ela, que se prepara agora para o Mundial da Federação Internacional de Vela, em Santander, Espanha, em setembro. Tanto empenho não signica exatamente sacrifício, mas a proeira confessa sentir falta de atividades intelectuais. “A vela é a minha vida, mas adoro fotografia, estudei cinema. Lembro com saudades quando tinha tempo de ler Michel Foucault”, diz. Mas Isabel, que namora o diretor de TI João Sallay, também é convicta ao falar dos desejos para vida afetiva. “Logo vou deixar ‘a outra’ Isabel viver também”, avisa.

Arrepende- se de adiar planos de casar, de ser mãe?
Não. A dedicação total ao esporte é por um período. É a minha rotina, o que amo, mas não é para sempre. Na hora certa, que talvez já esteja chegando, poderei dar vazão a outros desejos, não só de formar família, mas também fotografar, ler, comer.

Como é a sua rotina?
Três vezes por semana pedalo de manhã com triatletas, diariamente faço de três a quatro horas de treino no barco e malho na academia. Além disso estudo MBA em gestão de projeto, porque também cuido dessa parte e da manutenção do barco. Vida de atleta é corrida e regrada, não há muito espaço para atitudes espontâneas. Também viajo umas sete vezes por ano para o exterior. É difícil conciliar com o namoro, por exemplo.

Tem tempo para cuidar de si?
Muitas vezes não, e acabo sentindo falta de ‘ser mulher’, estar bonita, colocar um vestido. Quando posso, tiro tempo para  essas vaidades, como me maquiar, fazer as unhas.

E como se protege da exposição ao sol?
Quando era nova, não atentava para isso. Mas agora, tenho um ritual: antes de entrar no barco, esfolio o rosto, passo bloqueador solar e bastante pasta d’água. E, claro, me hidrato muito, minha dieta é rica em água, isotônico e suplementos.

Quais são as expectativas para os Jogos Olímpicos no Rio?
Em um ano e meio, eu e a Renata passamos de 74 no ranking mundial para 7º, subimos bastante com muito trabalho. Mas queremos mais, como a vaga para a Olimpíada. Será mais do que especial por ser na nossa cidade.