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Médica conta detalhes do tratamento da anomalia de Ebstein, doença da filha de Cazarré

Médica cardiopediatra, Lilian Lopes conversou com CARAS sobre o problema que afeta a pequena Maria Guilhermina

Coração está ótimo, mas problemas neurológicos demandam cuidados, diz médica da filha de Cazarré - Médica da filha de Juliano Cazarré explica
Coração está ótimo, mas problemas neurológicos demandam cuidados, diz médica da filha de Cazarré - Médica da filha de Juliano Cazarré explica

Nesta semana, a pequena Maria Guilhermina, filha do casal Juliano Cazarré e Letícia Cazarré, voltou a ser internada para novos exames e procedimentos médicos. Após a preocupação dos fãs, CARAS procurou uma especialista para entender como funciona o tratamento do problema.

Em conversa exclusiva, a doutora Lilian Lopes, que é a cardiopediatra, contou detalhes sobre a doença, as formas de tratamento e as possíveis complicações. Ela também explicou porque é comum que bebês nessa situação passem por tantas internações.

Maria Guilherminafoi diagnosticada com anomalia de Ebstein logo após o nascimento em junho de 2022. Após a detecção da condição rara no coração, a pequena já passou por cirurgias logo após o nascimento e em seu primeiro ano de vida. 

CARAS: O que é a anomalia de Ebstein? Por que ela acontece?

A anomalia de Ebstein é uma malformação rara na valva do lado direito do coração, valva está situada entre o átrio direito e o ventrículo direito chamada de valva tricúspide e que tem a função de impedir que o sangue reflua para o átrio e não siga para o pulmão. Nesta cardiopatia uma parte da valva tricúspide é formada muito deslocada de sua posição normal, ocorrendo refluxo do sangue, que volta para o átrio e o torna muito dilatado. Não há causa específica que provoque esta anomalia, sendo geralmente ao acaso

CARAS: Tem cura?

Tem tratamento, que pode ser feito através de medicamentos ou cirurgia

CARAS: Como ela é tratada?

O tratamento por medicamentos tem como objetivo aliviar os sintomas de cansaço e cianose e o tratamento cirúrgico consegue refazer a anatomia da valva reinserindo-a no local normal e diminuindo seu “vazamento”.

CARAS: Como é identificada?

Crianças com deslocamentos leves da valva tricúspide podem não apresentar sintomas e não serem identificadas por muito tempo. Já os pacientes com deslocamentos mais acentuados podem apresentar sintomas graves como cansaço e arroxeamento da pele e mucosas além de sopro cardíaco.

CARAS: Qual o tratamento deve ser seguido durante a vida?

Acompanhamento com cardiologista pediátrico é fundamental além de controle do ritmo do coração pelo eletrocardiograma e da anatomia da valva pelo ecocardiograma.

CARAS: Por que a bebê algumas vezes foi para a UTI?

Apenas os casos graves em que a valva apresenta grande anormalidade em sua posição e por conta disso reflui grande parte do sangue que deveria seguir para o pulmão e ser oxigenado.

CARAS: Juliano disse certa vez que será uma estrada longa, o que ela precisará fazer nos próximos meses? É imprevisível ou existem procedimentos para evitar problemas?

Infelizmente a Maria Guilhermina teve complicações graves após a primeira cirurgia o que causou problemas neurológicos que estão sendo tratados como dificuldade para respirar e deglutir alimentos. Felizmente o coraçãozinho dela está ótimo e ela segue melhorando a cada dias.