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'A Igreja tem que sair fora da política', diz Wanessa sobre Marco Feliciano

Em entrevista à CARAS Online, Wanessa comentou os assuntos que aumentaram a discussão sobre os direitos dos homossexuais nas últimas semanas, como a decisão de Daniela Mercury ao assumir sua nova namorada e a polêmica em torno do deputado Marco Feliciano

Renan Botelho Publicado em 25/04/2013, às 21h13 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Wanessa - Leo Franco / Agnews
Wanessa - Leo Franco / Agnews

Considerada um ícone gay pela nova geração, Wanessa (30) aprovou a atitude de Daniela Mercury (37), que assumiu sua homossexualidade no começo deste mês. “Achei incrível a postura da Daniela. Ela é uma mulher arretada que tem todo o direito de dizer quem ela ama e assumir isso. É ela, vai esconder por quê? O quê? Isso não a transforma em uma pessoa diferente, muito pelo contrário. Admiro muito mais ela hoje pela coragem dela do que antes. E já admirava muito a Daniela”, comentou a cantora, que recebeu a CARAS Online, em São Paulo, nesta quinta-feira, 25.

“Ela foi corajosa demais. É difícil. Para a mulher às vezes é até mais complicado que para o homem”, continuou Wanessa, que se tornou porta-voz da causa gay. Para a cantora, o aumento da repercussão sobre os direitos dos homossexuais é sempre positivo. Sobre a polêmica em torno do pastor e deputado Marco Feliciano (40), atual presidente da Comissão de Direitos Humanos, que vem sendo criticado por suas opiniões apontadas como racistas e homofóbicas, a cantora disse: “Infelizmente, ainda em 2013, a gente tem esse tipo de opinião. Mas o bom de toda essa história, que é péssima, é que isso tudo está sendo colocado em discussão. E a discussão é sempre boa. Às vezes tem mal que vem para o bem”, defendeu. “A indignação causada por esta história faz as pessoas discutirem em casa, refletirem sobre isso, fazem o assunto repercutir na televisão, nos jornais. Isso é bom para poder explicar, para esclarecer”.

Wanessa é contra a presença do pastor como presidente da Comissão de Direitos Humanos, assim como outros artistas que já manifestaram a mesma opinião, entre eles Fernanda Montenegro (83), Wagner Moura (36) e Caetano Veloso (70). “A Igreja tem que sair fora de qualquer política. Não se pode ter política atrelada à religião nenhuma. A política é para todos”, argumentou.

A cantora ainda diz que a homofobia é inadmissível. “O governo tinha que pegar mais pesado para punir esse tipo de comportamento”, disse. “As pessoas matam por homofobia. E é muito, muito triste. É uma coisa que começa em casa. Começa em uma brincadeirinha de ‘ah, você não quer fazer isso por que é v(...)’. Começa aí, nessa brincadeira boba. Isso é a pior coisa que pode fazer com teu filho, ensinar esse tipo de brincadeira feia para ele. Você já vai inserindo um preconceito sem querer. Parece bobeira, mas não é”, comentou.

Engajada na luta pela causa gay, Wanessa deixou seu recado: “As pessoas têm que se preocupar muito mais com o próprio umbigo do que com o vizinho, do que com quem o outro está indo para cama... pelo amor de Deus, sabe!?”.

Atualmente, a cantora está divulgando o CD e DVD Wanessa DNA Tour, que tem participações de Naldo (34), Preta Gil (38) e Bryan Tanaka (30), coreógrafo da Beyoncé (31). No próximo dia 4 de maio, ela estreia no HSBC Brasil, em São Paulo, a nova fase de sua turnê.