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UM FESTIVAL DE CHARME NO TAPETE VERMELHO

PASSARELA DA MODA NA CROISETTE DISPUTA HOLOFOTES COM FILMES NA MOSTRA DE CANNES

Redação Publicado em 30/05/2007, às 11h59

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Vahina Giocante e Claudia Shiffer, de Versace
Vahina Giocante e Claudia Shiffer, de Versace
por Analu Ribeiro Sorrisos abertos, pernas à mostra, ombros de fora, gestos pensados, fendas calculadas, cabelos cuidados, make-up no capricho. E, claro, mais importante de tudo, um belíssimo modelo, que lhes caía muito bem, para transformar as mulheres em deusas. Vale tudo para se destacar, chamar atenção, entrar na lista das mais bem vestidas. Afinal, não é essa a essência do tapete vermelho? E, em se tratando do Festival de Cinema de Cannes, a concorrência é selvagem. A briga na passarela é tão grande quanto a oficial, que rola dentro nas salas de cinema. A atriz francesa Vahina Giocante (26) não deixou barato. Aproveitou a cauda volumosa de seu Versace para fazer onda. Alguns modelos tomara-que-caia vestem melhor que outros, e é fácil notar a diferença. O da atriz parisiense Julie Delpy (38), vermelho, estava quase caindo mesmo, assim como o da modelo israelense Hofit Golan, assinado pelo estilista britânico Scott Henshall, que tinha tecido insuficiente para o tamanho do recheio. Já Aishwarya Rai (33), de Giorgio Armani, e Kerry Washington (30), de Armani Privé, estavam impecáveis e confortáveis. Isso é regra: conforto é elegante. A atriz britânica Kelly Brook (27) acertou na escolha e fazia parte do time de elegantes. As orientais estavam especialmente lindas. As chinesas Gong Li (41), de Roberto Cavalli estilo egípcio verde e metálico, e Bai Ling (37), envolta em brilhos e transparências, empataram em charme e exotismo com a malasiana Michelle Yeoh (44), de Versace. A tailandesa Shu Qi (34) vestiu um geométrico de proporções perfeitas. Extravagância é uma boa aposta se a situação comporta - Cannes se presta muito bem a isso - e o estilo da mulher combina. A turma do brilho foi liderada pela atriz francesa Ophélie Winter (33), que quis mostrar suas curvas volumosas em um decote acentuado. Brilhou também a escritora suíça Nadia Farès (45), em uma versão light do modelo de Winter. As atrizes francesas Marion Cotillard (31), de Armani Privé, e Michèle Laroque (46), de Giorgio Armani, também reluziram na passarela. A atriz italiana Alessandra Martines (43) deixou sua marca no tapete vermelho. Todas as suas produções chamaram atenção, como o longo Versace roxo. Em duas interpretações diferentes do tom off-white, aquela cor clarinha que não chega a ser branco total, acertaram a atriz americana Faye Dunaway (66) e a francesa Sophie Marceau (40), de smoking Yves Saint Laurent. Para perceber que as duas têm um senso fashion parecido basta ver que Dunaway também escolheu vestir, em outro dia do festival, um smoking claro, e desfilou pela passarela de Cannes com look exatamente igual ao de Marceau. As modelos saem ganhando, afinal a passarela é a vida delas. A alemã Claudia Schiffer (36), de Versace, e a norueguesa Doutzen Kroes (22), de Roberto Cavalli, pareciam mesmo profissionais da beleza ao aparecer lindas e muito elegantes a caminho do cinema. De resto, o que vale é o estilo. Chloë Sevigny (32), de longo azul Balenciaga, mostrou que cor forte é questão de ter personalidade. Ela tem. Mas como nem só de moda vive Cannes, os últimos dias do 60º Festival Internacional de Cinema, realizado de 16 a 27 de maio, foram focados na premiação. Jane Fonda (69) participou da cerimônia de encerramento, que premiou o diretor romeno Cristian Mungiu (39), diretor do magnífico 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias, como vencedor da Palma de Ouro. O filme, que se passa em Bucareste em 1987, com o regime comunista de Nicolae Ceaucescu ainda em voga, fala da amizade de duas meninas, Otilia e Gabita, que descobre que está grávida e faz um aborto, prática ilegal na época. O presidente do júri, Stephen Frears (65), saudou o diretor artístico do festival, Thierry Frémaux, elogiando a qualidade da mostra. O Grand Prix ficou com o japonês A Floresta de Luto. O Melhor Diretor foi Julian Schnabel (56), por Le Scaphandre et Le Papillon. O prêmio de Melhor Atriz ficou com a sul-coreana Jeon Do-yeon (34), por Secret Sunshine, o Melhor Ator foi o russo Konstantin Lavronenko (46), por Izganie (A Expulsão). O cineasta americano Gus von Sant (54) ganhou o prêmio do 60º aniversário do festival, por sua carreira e pelo filme Paranoid Park. FOTOS: REUTERS