CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

Estenose do canal vertebral é mais comum na mulher após os 50 anos

por Alexandre Podgaeti* Publicado em 24/08/2010, às 13h58 - Atualizado em 03/02/2013, às 05h28

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Estenose do canal vertebral é mais comum na mulher após os 50 anos
Estenose do canal vertebral é mais comum na mulher após os 50 anos
Estenose significa estreitamento. Pode ocorrer em várias estruturas e órgãos do corpo, como nas artérias, no esôfago e no interior da coluna vertebral. Pode acometer qualquer parte da coluna, mas é mais comum na porção lombar. A doença se manifesta em cerca de 8% da população. É mais comum na mulher após os 50 anos. Uma das hipóteses para isso é de que os hormônios femininos favoreceriam uma certa frouxidão dos ligamentos, levando à instabilidade da coluna e ao deslocamento das vértebras. A estenose pode ser congênita ou adquirida. No caso da primeira, que é rara, a pessoa já nasce com alterações na anatomia. Em geral se manifesta entre a quarta e a quinta décadas de vida (31 a 50 anos). Já a adqurida está relacionada ao próprio envelhecimento. Ocorre em geral entre a sexta e a sétima décadas de vida (51 a 70 anos). Com o desgaste progressivo das estruturas da coluna (sobretudo por artrose e degeneração dos discos) e sua inflamação, o canal vertebral, onde estão a medula e os nervos, se torna mais estreito. Portadores de estenose cervical (região do pescoço) sentem formigamento nos braços e nas pernas, sendo mais evidente nos braços e nas mãos. Nas situações mais graves, têm até diminuição de força nesses membros. Com isso, o doente enfrenta dificuldade para andar e segurar objetos com as mãos. Já o sintoma mais frequente da estenose lombar é dor no nervo ciático, em geral associada à dor lombar. Mas o sintoma mais específico do estreitamento do canal lombar é a claudicação neurogênica, que consiste em dor nas pernas associada a cansaço e formigamento quando o doente caminha. Ele é obrigado a parar e às vezes até a sentar-se para melhorar. Não se pode evitar a estenose, porém é possível retardar seu surgimento praticando atividades físicas, cuidando da postura e controlando o peso. Quando alguém suspeita que possa estar com a doença, deve consultar um ortopedista e um cirurgião vascular, pois a claudicação pode ser causada também por problemas de circulação nas pernas. O diagnóstico é clínico. Pode-se confirmar a estenose com exames de imagem. O tratamento inicial busca amenizar os sintomas. A maioria dos casos é resolvida com remédios, que diminuem a inflamação ao redor do canal e/ou controlam a dor. Os mais usados são: antinflamatórios e relaxantes musculares. Utiliza-se também de antidepressivos e de anticonvulsivantes para interromper a dor crônica. É fundamental que o paciente faça ainda reeducação postugal global, para melhorar a postura, acupuntura e fisioterapia, para diminuir a inflamação e os sintomas. Já atividades físicas como natação, hidroginástica, caminhada e alongamento podem ajudar no fortalecimento e no alongamento da coluna. Caso os sintomas não melhorem, o médico pode indicar cirurgia. O objetivo é aumentar o espaço do canal e descomprimir a medula e os nervos. Em alguns casos, há a necessidade de se estabilizar a coluna com a colocação de parafusos e enxerto ósseo, o que é feito no mesmo ato da descompressão. A cirurgia é mais indicada nas situações em que as dores são constantes e/ou intensas, ou quando há diminuição da força muscular que leve à dificuldade para o portador se locomover ou segurar objetos, trazendo prejuízo para sua qualidade de vida.