A cantora se apresentou na noite deste sábado, 14, em São Paulo, e foi recebida com choro e histeria por uma legião de fãs mirins
Os 18 anos de
Miley Cyrus fazem jus à apresentação cheia de energia que a cantora realizou na noite deste sábado, 14, na Arena Anhembi, em São Paulo. Com cerca 17 mil fãs de uma plateia mirim agitada e comovida, Miley apresentou seus maiores hits desde os tempos de
Hanna Montana, e declarou seu amor ao público brasileiro:
"o mais especial e barulhento que já vi", nas palavras da cantora.
Mas a pequena Miley do sitcom da Disney Chanel cresceu, e o que a plateia conferiu esta noite foi o show de uma garota que canta dilemas amorosos e convicções de gente grande - um show repleto de influências para um público jovem como o que a segue. A turnê
Gipsy Heart, que traz Miley cantando hits de sua carreira como
Robot,
Liberty Walk e
Every Rose Has Its Thorn (responsável por mobilizar centenas de mãozinhas com rosas erguidas, dando o tom de homenagem à apresentação), também resgatou em versões revisitadas canções da memória afetiva da cantora.
Os clássicos
Bad Reputation,
Cherry Bomb e
I Love Rock'n'Roll, eternizados pela voz de
Joan Jett abriram a sessão nostalgia de Miley, e levantaram o público que provavelmente nunca tenha ouvido as canções antes. Mas foi com o grunge
Smell like Teen Spirit que a cantora decidiu prestar sua homenagem aos bom hábitos musicais do passado.
"A melhor parte de fazer turnês como esta é ter a oportunidade de tocar as músicas que me inspiraram desde o início, e esta é uma delas", contou para introduzir o riff inconfundível do maior clássico do grupo
Nirvana. O show em dois atos, que se dividiu entre o rock e as baladas românticas do setlist da cantora, colocou o público tanto para dançar quanto para chorar de emoção.
Mais para sensual do que para infantil, com figurinos que incluíram corpetes de couro, shorts curtos e muito brilho, a Miley desta noite mostrou para seu público que a imagem da pequena
Hanna Montana começa a perder espaço para repertório e atitudes rock'n'roll, e que não há nada de errado nisso: ela é apenas o retrato de uma jovem artista tentando ganhar espaço em uma indústria tão concorrida. E a julgar pela histeria dos fãs, ela está acertando o caminho.