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PAUL SIGNAC

Redação Publicado em 12/11/2007, às 17h36

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Neve, Boulevard de Clichy, Paris, óleo sobre tela (48,1 x 65,5 cm), 1886: pontos coloridos. The Minneapolis Institute of Arts (EUA). - ARQUIVO ALPHABETUM
Neve, Boulevard de Clichy, Paris, óleo sobre tela (48,1 x 65,5 cm), 1886: pontos coloridos. The Minneapolis Institute of Arts (EUA). - ARQUIVO ALPHABETUM
Teórico das artes e pintor, Paul Signac (1863-1935) criou, com o também francês Georges Seurat (1859- 1891), a técnica do pontilhismo, que marcaria o início do movimento neo-impressionista, no fim do século XIX. Ambos haviam sido influenciados pelo impressionismo, pela importância que a escola dava à luz, mas queriam algo novo. Buscaram, então, uma maneira mais científica de distribuir a tinta na tela, em pequenos pontos de cores primárias. A idéia era que eles se misturassem nos olhos do observador, formando as nuances desejadas. Após a morte de Seurat, Signac continuou divulgando o pontilhismo, ou divisionismo. Com a técnica, compôs belas paisagens-urbanas e, em especial, marinhas, pois amava a navegação -, além de cenas domésticas. Também escreveu artigos e livros. Influenciou pintores como o fauvista Henri Matisse (1869-1954).

Sua época

Em 1893, Paul Signac comprou uma casa em Saint-Tropez, à época uma vila de pescadores, para onde fugia a cada verão. A fuga fazia sentido: além de encontrar luz mais bonita e clima mais agradável no litoral, a capital francesa, onde ele vivia, se tornava uma metrópole agitada demais para quem gostava da natureza. Nos anos 1880, a cidade já havia trocado a iluminação a gás das ruas pela elétrica; em 1889 foi inaugurada a Torre Eiffel; em 1894 aconteceu a primeira corrida de automóveis, entre Paris e Ruão; em 1900, foi inaugurada a primeira linha de metrô. A modernidade chegou de uma vez, trazendo confortos, mas deixando muitos atônitos.

O autor

Paul Victor Jules Signac nasceu na abastada família de um comerciante parisiense. Aos 18 anos, abandonou os estudos de Arquitetura para tornar-se pintor. Embora tenha freqüentado algumas aulas na Escola de Artes Decorativas, pode ser considerado autodidata. Em 1884, expôs no primeiro Salão dos Independentes de Paris, no qual conheceu, entre outros, George Seurat, que se iniciava no pontilhismo. Signac pôde exercitar a observação da luz nas muitas viagens que fez, em barcos próprios, pela costa européia. De 1908 até sua morte, aos 72 anos de idade, de câncer, foi presidente da Sociedade dos Independentes, incentivando jovens artistas.