CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

OS PROJETOS E LIÇÕES DO 'NOVO' NEY LATORRACA

APESAR DE CONSAGRADO, ATOR AFIRMA QUE TUDO PODE MUDAR: 'POR QUE NÃO? POSSO ATÉ TER FILHO'

Redação Publicado em 20/08/2008, às 17h58

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Aos 64 anos, o elétrico Ney em raro momento de descanso em South Beach, em Miami, antes de começar a gravar Negócio da China, trama das 6 que estréia em outubro. - Selmy Yassuda
Aos 64 anos, o elétrico Ney em raro momento de descanso em South Beach, em Miami, antes de começar a gravar Negócio da China, trama das 6 que estréia em outubro. - Selmy Yassuda
por Luciana Marques Meia hora de bate-papo com Ney Latorraca (64) significa, além de diversão na certa, uma aula de teatro, TV e cinema. Em 44 anos de carreira, o ator orgullha-se do currículo que inclui cerca de 36 novelas e séries, 15 filmes e 26 peças. E ele ainda surpreende pela simplicidade. Após participar do Festival de Cinema Brasileiro de Miami, Ney estendeu a temporada pela Flórida. Lá, em caminhadas por recantos como South Beach, conversou e brincou tranqüilamente com os fãs que se aproximavam. "Essa é a educação que recebi dos meus pais. Uma pessoa pública, um ator, tem que saber lidar com fãs, amigos, imprensa. Na verdade, acho que é uma questão de temperamento e caráter. Falando um português claro: sempre confiei no meu taco", assegura ele. Ao lado de Marco Nanini (60), Ney ainda figura no Guinness Book com o recorde mundial de apresentações de uma peça: O Mistério de Irma Vap, 11 anos em cartaz e vista por mais de 2,5 milhões de pessoas. "Sou realizado, tenho o carinho dos colegas e do público", constata. Solteiro, ele surpreende ao se dizer apaixonado pelo 'novo' Ney Latorraca. "Sou um homem mais preocupado com o social do que com egos", contou. Afastado das novelas desde Bang Bang, em 2006, ele já tem retorno marcado à TV. Será em Negócio da China, de Miguel Falabella (50), trama das 6 que estréia em outubro. "É uma honra voltar numa novela do Miguel. Ele é um ator e um autor por quem tenho o maior respeito. Trata-se de um eleito dos deuses do teatro, da televisão e do cinema. E um amigo de verdade, generoso. Sempre me dá provas disso", assegurou Ney, que produz ainda a peça DesFigura, sobre a vida do pintor irlândes Francis Bacon (1909-1992). - São 44 anos de carreira. O que falta realizar? - Sonho em ter uma sala de teatro que também possa usar para a exibição de filmes brasileiros, com todos os nossos excelentes diretores. Democracia total! - Recentemente você disse que Selton Mello era um dos melhores de sua geração. E que ele não era um ator descartável. São muitos hoje os atores descartáveis? - Em nosso meio sempre haverá espaço para gente bonita e talentosa e gente bonita e sem talento, como em toda profissão. E sou totalmente a favor dos jovens, mas que sejam profissionais e venham para ficar. E não para usar a profissão como veículo de exibicionismo. Quem tem talento fica, os outros têm vida curta. Somos uma classe, o intruso dança. - Você está namorando? - Estou apaixonado pelo novo Ney Latorraca, mais preocupado com crianças com câncer, a ABBR - Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação, o Retiro dos Artistas. Esse Ney sempre existiu, mas agora ficou mais claro. Quero tapetes vermelhos. Quero tudo, mas sempre com os pés na realidade do meu país. - Existe relacionamento ideal? - É aquele conduzido com respeito e amor, sem competição. - Já fez loucuras por amor? - Na paixão é saudável uma loucura equilibrada. Por amor, viro criança. Meu ciclo de vida sempre foi com muito amor. - Não ter filhos foi opção? - Não ter sido pai foi uma coisa do destino. Não me arrependo. Isso acontece ou não. Mas ainda estou em tempo de ser pai. Tudo pode mudar. Por que não? - O que gosta em Miami? - Tenho uma relação forte com a cidade por causa do Festival de Cinema Brasileiro, que divulga tão bem nossa cultura no exterior. Mas já gostava de Miami por ser acolhedora, uma cidade com praias lindas e clima que gosto. E, após três festivais na Flórida, me apaixonei de vez. Sou de praia, nasci em Santos, litoral paulista. - Que tipo de turista você é? - O que anda muito, principalmente a pé. A melhor maneira de conhecer uma cidade é participar do seu cotidiano. Ter contato com o povo. Não sou de compras. Prefiro ver e conhecer gente do que comprar tênis.