Por Bia Paes de Barros Publicado em 26/04/2011, às 13h21
Mix de estampas, recortes inesperados e detalhes esportivos determinam os novos caminhos da alfaiataria. - MARCIO MADEIRA
Coisas surpreendentes podem acontecer quando cores, estampas e materiais se misturam para proporcionar novas visões sobre o que chamamos peças assimétricas. Neste caso, Dries van Noten não só uniu estes elementos como também conseguiu transformar a alfaiataria clássica em algo realmente novo. Formas amplas se apresentam na medida certa entre feminilidade e conforto. Vestidos com modelagens simples - no melhor estilo tubinho - se renovam graças aos desenhos geométricos em grandes patchworks. A direção das linhas formadas por estes desenhos define os shapes como em um jogo de ilusão de óptica. Eu explico: dependendo da maneira como se dispõem os recortes em uma peça, eles podem ajudar a alongar a silhueta, criar cintura ou diminuir o volume dos quadris, por exemplo. Outro ponto interessante da coleção está na escolha da cartela de cores. Usando os neutros como base, as interferências de tons vibrantes aparecem nos detalhes. Das faixas laterais das saias retas aos recortes inesperados das mangas dos casacos, elas pontuam este estilo contemporâneo chic da marca. Para os materiais, as peles (hit absoluto da temporada) chegam ora discretas nos detalhes de lapela, ora imponentes nos mantôs de cinturinha marcada. O tailleur ganha novas proporções e atmosfera esportiva pelo mix de estampas e também por seus blazers transpassados usados com saias mídi e ankle boots. E, por falar em acessórios, as meias curtinhas criam efeito abotinado para as sandálias e deixam os pés pra lá de irreverentes. Se antes o excesso de informação caracterizava looks difíceis e pouco elegantes, agora caracterizam uma sofisticação sem regras e sem limites.
