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Leucemias já são bem conhecidas e contam com tratamentos eficazes

Jairo José do Nascimento Sobrinho Publicado em 27/06/2008, às 10h44

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Jairo José do Nascimento Sobrinho
Jairo José do Nascimento Sobrinho
A Associação Brasileira de Linfoma e Leucemina (Abrale), a Associação da Medula Óssea de São Paulo (Ameo) e a Secretaria Municipal de Saúde acabam de promover a Semana Municipal de Incentivo à Doação de Medula Óssea. A medula óssea é um órgão líquido que produz as células do sangue. Ela é importante pois pode ser retirada de uma pessoa, na forma de líquido ou de células, e transplantada em outra para o tratamento dos cânceres do sangue, como as leucemias. As leucemias são de vários tipos, dependendo do tipo de célula atingido e se é jovem ou madura. Se as células afetadas são jovens, a leucemina é classificada de aguda; se as células afetadas são mais maduras, a leucemina é classificada de crônica. A medula tem células mielóides e linfóides. Assim, de maneira geral, as leucemias são chamadas de mielóides ou linfóides agudas e de mielóides ou linfóides crônicas. Essas doenças ocorrem um pouco mais nos homens do que nas mulheres. Dois terços são em adultos, sobretudo depois dos 70 anos, e um terço em indivíduos de até 19 anos. Os tipos crônicos são mais comuns nos idosos e os agudos, em pessoas mais jovens. A incidência anual no Brasil varia de 1,5 a 8,5 casos novos em cada grupo de 100000 habitantes. Pelas estatísticas, as leucemias mais comuns no conjunto da população são a linfóide crônica e a mielóide aguda. O tipo mais freqüente em pessoas de até 19 anos é a leucemia linfóide aguda. Os mais comuns nas com mais de 70 anos são a mielóide aguda e a linfóide crônica. E os mais freqüentes dos 19 aos 60 anos são a mielóide aguda e a crônica. As leucemias devem-se a um "defeito" no DNA da célula que se forma ao longo da vida do portador. Em 90% dos casos não se consegue descobrir por que ocorreu. Se se fizer um exame se verá qual o gene alterado, mas não é possível saber por quê. Só 10% da incidência têm causa definida, que pode ser: exposição a radiação intensa, como a que houve em Hiroshima, no Japão; exposição crônica ao benzeno, usado em refinarias específicas de petróleo; algumas infecções virais, como pelo vírus HTLV; e alguns quimioterápicos utilizados no tratamento de câncer. Os sintomas nas leucemias agudas são: fadiga e sangramento inexplicáveis, manchas roxas nas extremidades dos membros e febre. Já nas crônicas os sintomas são: sangramentos não muito freqüentes, desconforto pelo aumento no volume do baço e anemia crônica. As leucemias agudas, se não tratadas, são fatais. O câncer interfere na produção das células pelo sangue. O doente morre de anemia por falta de glóbulos vermelhos; pela falência de órgãos por oxigenação inadequada; por infecções, sobretudo bacterianas, por falta de glóbulos brancos; e por sangramento em órgãos nobres como o cérebro, pela falta das plaquetas. Já as leucemias crônicas evoluem lentamente e não têm o mesmo risco. As leucemias já são bem conhecidas e têm tratamento eficaz, que deve ser feito em hospitais especializados. Os tipos crônicos às vezes necessitam apenas de acompanhamento. Nos agudos se utiliza quimioterapia e/ou medicamentos. Nas situações em que não dão resultado, faz-se transplante de medula óssea. Quem quiser se tornar doador de medula óssea pode se informar na Abrale, pelo tel. 0800-773-9973.