Considerado um gênio, Leonardo da Vinci (1452-1519) foi pintor, desenhista, escultor, arquiteto, inventor. Fez poucas pinturas: retratos como a Mona Lisa (1503/1505) e Dama com Arminho (acima) e cenas religiosas como A Última Ceia (1495-1497). Deixou obras inacabadas, em prol de novos desafios, e pôs outras a perder, por estar sempre testando técnicas. A Última Ceia descascou por ter sido pintada sobre argamassa seca, em vez de úmida, como era de praxe. O que Leonardo mais fez foram desenhos. De estudos de anatomia a projetos de máquinas hidráulicas, quase todos acompanhados de textos em sua estranha escrita, que só era lida no espelho.
Sua época
Talvez Leonardo seja o nome que melhor sintetiza o Renascimento, como ficou conhecido o período que vai do século 14 ao 16, marcando a transição da Idade Média para a Moderna. Coincide com o humanismo, movimento intelectual de valorização dos clássicos latinos e gregos, anteriores à dominação cultural cristã, e com o apogeu do comércio. Cidades como Florença enriqueceram, favorecendo o surgimento de mecenas como Lorenzo di Medici (1449-1492), um dos financiadores de Leonardo e também de Sandro Botticelli (1444 ou 1445-1510), entre outros.O autor
Filho ilegítimo de um tabelião, Leonardo nasceu em Vinci, nos arredores de Florença, Itália, para onde se mudou aos 16 anos. Logo se tornou um artista admirado. Com 24 anos foi acusado de homossexualismo, que era crime, mas terminou inocentado. Mudou-se para Milão em 1482, quando fez A Última Ceia e outros trabalhos, tendo sido, até, mestre de festividades da corte, o que mostra sua versatilidade. De volta a Florença, foi engenheiro militar e criou inventos. Teve dois protegidos, Salai e Francesco Melzi, o qual adotou e estava ao seu lado quando morreu, em Paris, aos 67 anos.
