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Jogos Pan-Americanos e o recente surto de rubéola no Rio de Janeiro

Celso Francisco Granato Publicado em 12/07/2007, às 15h03 - Atualizado em 28/06/2010, às 11h13

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Celso Francisco Granato
Celso Francisco Granato
Houve um surto de rubéola nos primeiros meses do ano no Estado do Rio de Janeiro. Até 31 de maio, segundo informações das entidades da saúde, foram confirmados 1 100 casos, enquanto em 2006 houve 624. Todos os atingidos têm de 20 a 34 anos, sendo 70% homens e 30% mulheres. É o maior número de registros da doença no Estado desde 1996, quando a vacina tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) passou a ser aplicada em larga escala no país. Por isso e tendo em vista a realização dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro, o Governo Estadual vacinou a população-alvo - cerca de 3 milhões de pessoas - entre 28 de maio e 2 de junho. Assim, o número de casos deve ter caído bastante. Mas ainda é necessário ficar atento, porque a doença é endêmica no Brasil e em vários outros países. Você deve estar se perguntando: "E o que faço? Posso ir ou não ao Rio de Janeiro ver o Pan?" Quem foi vacinado e tem comprovante - carteira de vacinação, por exemplo - pode ir. A vacina é tomada quando a criança faz 1 ano. Estima-se que proteja por 25 anos. Como rubéola em grávida (até o terceiro mês) pode causar malformações definitivas na criança, dá-se uma dose de reforço às meninas no início da adolescência. Assim, como a maioria das mulheres tem filhos até os 40 anos, ficam protegidas no período e não os expõem ao risco. Pessoas de 40 anos ou mais que não foram vacinadas ou não se lembram se foram também podem ir ao Rio. O risco de terem rubéola é mínimo, pois até a criação da vacina essa doença era comum. Em geral se tem contato com ela logo nos primeiros anos de vida. Quem tem mais de 40 anos com certeza contraiu o vírus, teve rubéola ou não, seu organismo reagiu, criou anticorpos e está protegido pelo resto da vida. Caso queira assistir ao Pan, mas se sinta inseguro quanto à rubéola, pode ir a um Posto de Saúde e tomar a vacina. Não há contra-indicação. O idealé tomá-la 10 dias antes da viagem, tempo necessário para produzir anticorpos. Em último caso, vacine-se mesmo no dia da viagem, porque o risco de contrair o vírus fica menor. Grávidas vacinadas quando criança e no início da adolescência também podem viajar. Já grávidas de cerca de 30 anos que não sabem se tiveram rubéola ou se foram vacinadas não devem ir ao Rio. Podem contrair a doença e pôr o filho em risco. Uma alternativa, para tomarem a decisão com segurança, seria procurarem seu ginecologista e fazerem exame de sangue para constatar se têm anticorpos contra o vírus ou não. A presença de anticorpos indica que foram vacinadas ou tiveram contato com o vírus e ganharam proteção. Pais ou responsáveis, ainda, só devem viajar com as crianças se foram vacinadas, o que podem constatar facilmente na carteira de vacinação. Imunodeprimidos, enfim, sobretudo se não sabem se foram vacinados, devem evitar viagens a regiões onde há casos, até porque não podem ser vacinados. A rubéola é uma doença infectocontagiosa causada por vírus. É transmissível cinco dias antes de emitir sintomas e até cinco dias depois. O vírus é adquirido por via aérea através das gotículas de saliva liberadas pelo doente. Apenas uma minoria desenvolve a doença. Os sintomas são: febre, vermelhidão no pescoço e nas faces, secreção nasal leve, conjuntivite e aumento no volume dos gânglios atrás das orelhas. A mulher adulta com rubéola pode apresentar inflamação nas articulações sobretudo das mãos (artrite). Se você tiver problemas de saúde durante o Pan, no Rio, oriente-se com a Gerência de Ações Estratégicas em Vigilância da Saúde/ Unidade de Resposta Rápida (Gaevs/URR).