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Henri Rousseau

Henri Rousseau

Redação Publicado em 25/10/2007, às 16h00 - Atualizado em 09/04/2019, às 17h06

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Os Jogadores de Rugby, óleo sobre tela (100,5 x 80,3 cm), de 1908: alegria, simplicidade e natureza exuberante em tons outonais. Museu Guggenheim, Nova York, Estados Unidos. - ARQUIVO ALPHABETUM
Os Jogadores de Rugby, óleo sobre tela (100,5 x 80,3 cm), de 1908: alegria, simplicidade e natureza exuberante em tons outonais. Museu Guggenheim, Nova York, Estados Unidos. - ARQUIVO ALPHABETUM
Pai da pintura naïf, palavra que significa ingênuo em francês e denomina um estilo primitivo, instintivo, indiferente às regras da academia, o francês Henri Rousseau (1844-1910) foi ridicularizado em seu tempo. Funcionário da alfândega de Paris, ele começou a pintar tardiamente, nas horas vagas. Os críticos consideravam sua arte grotesca por não respeitar proporções e perspectiva e sua falta de malícia o fazia vítima de gozações dos artistas, mesmo daqueles que reconheceram seu valor, como Pablo Picasso (1881-1973). O fascínio pela natureza e a fértil imaginação o inspiraram a pintar florestas exuberantes e cenas fantásticas como A Cigana Adormecida (1897), obra tida como precursora do surrealismo. Ele também escreveu peças de teatro e compôs ao violino.

Sua época

Embora fosse muito ligado à natureza, Rousseau admirava as conquistas tecnológicas. Na obra Eu Mesmo: Retrato-Paisagem (1900), mostra um balão no céu e a Torre Eiffel, ao fundo. Erguida em 1889, para a Feira Mundial de Paris, a torre foi concebida para demonstrar a evolução das técnicas de construção. Deveria ser desmontada e só não foi porque se percebeu que poderia transmitir ondas de rádio. Hoje é um dos principais pontos turísticos da capital francesa.

O autor

De família pobre, HenriRousseau nasceu em Laval, no Vale do Loire, na França. Nunca estudou arte. Aos 19 anos, trabalhando num escritório, foi acusado de roubo e cumpriu pena de um mês. Passou um ano no Exército e, depois, tornou-se fiscal da alfândega de Paris, o que lhe rendeu o apelido de Le Douanier (o aduaneiro). Começou a pintar e expor com mais de 40 anos. Dos sete filhos que teve com a primeira mulher, Clémence, cinco morreram de tuberculose. Para viver, tocou violino na rua e deu aulas de pintura. Condenado por estelionato em 1909, obteve suspensão da pena. Aparentemente foi logrado. Morreu aos 66 anos.