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Caio Blat: 'É um trabalho bem diferente'

No documentário 'Uma Longa Viagem', Caio Blat vive momento raro de sua carreira e resgata história familiar em documentário ficcional

Redação Publicado em 09/07/2011, às 17h19 - Atualizado em 07/06/2012, às 23h24

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Caio Blat - TV Globo/Marcio Nunes
Caio Blat - TV Globo/Marcio Nunes

Sempre se inovando, Caio Blat não tem receios dos desafios e de arriscar. O ator, que já tem uma carreira consolidada e respeitada tanto no cinema quanto na televisão, esteve no Festival Paulínia de Cinema para falar de seu novo trabalho, provando, mais uma vez, que não tem medo do novo. "É um trabalho bem diferente", definiu Caio em entrevista a CARAS Online.

Uma Longa Viagem, da cineasta Lúcia Murat, é um documentário sobre a história de sua família que, para resgatar memórias, contou com a ajuda da interpretação do astro. "Eu nunca tinha atuado em um documentário antes, é uma novidade, coisa rara em minha carreira", disse. Na história, permeada por depoimentos, documentos históricos e encenações, três irmãos enfrentam, de formas diversas, o período da juventude durante o regime militar no Brasil.

"Eu faço o Heitor, o irmão mais novo. Ele é uma representação da década de 70, passa a vida viajando pelo mundo como uma forma de contestação daquela época", contou. "A única forma da Lúcia contar essa história foi através das cartas que o Heitor mandava dos países que visitava. Precisava de um ator para reconstruir essa parte. Achei muito corajoso da parte dela fazer um trabalho como esse. Quando ela me chamou, foi um convite muito especial".

Em suas cenas, Caio aparece cabeludo, com visual meio outsider, meio hippie. Como preparação, o ator passou cerca de três dias na casa de Heitor, para entender os motivos que o levaram para uma vida tão atribulada. "Fui conhecer o Heitor, conversei com ele, fiquei na casa dele - que é repleta de relíquias que ele obteve ao longo de suas viagens. Fiquei lá tentando sacar o humor daquele cara, o pique, o olhar dele. Foi um trabalho intenso de concentração". As experiências de Heitor, não somente em suas peregrinações mundo afora, como também com as drogas, acarretaram consequências. Ele chegou a ser internado em hospitais psiquiátricos e, hoje, faz tratamentos para esquizofrenia.

A motivação de Lúcia, que no documentário tem sua juventude - e sua passagem de luta contra a ditadura militar - retratada, para filmar Uma Longa Viagem, veio após a morte do terceiro irmão, Miguel. Ter Caio Blat dentro de um projeto tão pessoal, foi muito representativo para a cineasta que, assim como o ator, também se arriscou ao expor feridas abertas nas telas do cinema. "Realmente o Caio participou desse trabalho de uma forma incrível. Foi um imenso prazer para mim tê-lo neste trabalho", definiu Lúcia.