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BARYSHNIKOV REVERENCIA OS TALENTOS BRASILEIROS

ALUNOS DA ESCOLA DO TEATRO BOLSHOI ENCANTAM O BAILARINO RUSSO, QUE VOLTA AO PAÍS APÓS 9 ANOS

Redação Publicado em 25/07/2007, às 18h39

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O coreógrafo escolhe Mônica, Jovani e Thaís para fazer uma apresentação de O Quebra-Nozes no espetáculo de Joinville
O coreógrafo escolhe Mônica, Jovani e Thaís para fazer uma apresentação de O Quebra-Nozes no espetáculo de Joinville
Com forma e vigor físicos invejáveis, conquistados sem nenhuma dieta, apenas com aulas de balé e ensaios que duram até sete horas, o russo Mikhail Baryshnikov (59), que pesa cerca de 60 quilos, em 1m70, mostrou por que é considerado um dos três maiores bailarinos do século XX, ao lado dos também russos Vaslav Nijinsky (1890-1950) e Rudolf Nureyev (1938-1993). Sem fazer espetáculos no Brasil desde 1998, ele veio pela quarta vez ao país para se apresentar à frente de sua nova companhia, a Hell's Kitchen Dance, de Nova York, em Santa Catarina, Rio e São Paulo. "Não imaginava voltar ao Brasil para dançar, é um grande prazer. Gosto muito da cultura e, principalmente, da música", disse Misha, como é carinhosamente conhecido. "Cresci ouvindo João Gilberto (76) e Caetano Veloso (64). Muitos bailarinos se inspiram ouvindo música brasileira", acrescentou. A turnê do bailarino começou na quarta-feira, 18, abrindo o 25º Festival de Dança de Joinville, Santa Catarina, no palco do Centreventos Cau Hansen, que lotou. "É muito bom ter a oportunidade de dançar em um teatro tão grande. Me sinto como Mick Jagger (64), em um grande concerto de rock", brincou, referindo-se ao público de 4 500 espectadores que conferiu sua performance. Entre os convidados estavam o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (64), com a primeira-dama, Ivete Appel, o tenista Gustavo Kuerten (30) e sua mãe, Alice Kuerten. "Pela idade que tem, não imaginava que Mikhail pudesse continuar dançando tão bem, com tanta agilidade", elogiou o governador. Baryshnikov iniciou o espetáculo com o solo Years Later, do coreógrafo Benjamin Millepied, também apresentado no Rio e em São Paulo. Logo em seguida, alunos do professor Denys Nevidomyy, do 4º ano da Escola do Teatro Bolshoi, em Joinville, dançaram O Quebra- Nozes. O convite para os adolescentes participarem do espetáculo partiu do próprio bailarino. Em visita à escola dois dias antes da estréia, o talento do trio formado por Mônica Gross (14), Thaís Diógenes da Silva (12) e Jovani Furlan (14) chamou sua atenção. "Eu me impressionei com a seriedade e qualidade do nível técnico destas crianças. Qualquer escola se orgulharia de ter um material humano tão maravilhoso como este", afirmou. Os pequenos bailarinos vibraram. "É uma emoção muito grande, um sonho realizado", confessou Thaís. Segundo o bailarino, a vinda desta vez ao Brasil foi especial porque a Hell's Kitchen Dance, formada por 14 jovens dançarinos, não é uma companhia permanente. "Não sei se faremos mais algum trabalho", disse, antes de viajar para o Rio, na quinta, 19, onde fez a segunda apresentação da turnê. Hospedado no Hotel Debret, em Copacabana, Baryshnikov pouco se aventurou em passeios. Ele se dedicou a ensaios e, em um momento de lazer, atravessou a Avenida Atlântica e foi até a praia vestindo tênis, calça de tergal, camisa de mangas compridas e boné. Sob sol forte, sentou-se no calçadão para fotografar o mar e descansou na areia ao lado de banhistas. O bailarino, que estrelou o filme O Sol da Meia-Noite e desde 1986 mora nos EUA, foi ovacionado na sexta-feira, 20, pelo público carioca no Theatro Municipal lotado. O autor Manoel Carlos (74), com a mulher, Beth Almeida (52), estava na platéia e se entusiasmou com as coreografias. "Se tivesse todos os dias, eu veria todas as apresentações", disse o autor. Grávida de três meses, a atriz Danielle Winits (33) teve que voltar da porta do teatro. Ela e o marido, Cássio Reis (30), chegaram 15 minutos atrasados e não puderam assistir ao espetáculo. FOTOS: FERNANDO WILLADINO, GEORGE MAGARAIA E MÁRCIO MARQUES