Duda Ribeiro, o Adam de ‘Salve Jorge’, enfrentou seis cirurgias e sete internações para se curar de um câncer no fígado antes de iniciar sua participação na novela, mas não parou de trabalhar em nenhum momento
Redação Publicado em 14/02/2013, às 18h04 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20
Duda Ribeiro (50) passou por um complicado problema de saúde antes de atuar em Salve Jorge. O ator, que interpreta Adam na trama das 9 da Globo, foi diagnosticado com câncer no fígado em 2010 e precisou passar por seis cirurgias, sete internações e algumas complicações até brilhar no horário nobre.
“Quando me deram a notícia eu preferi não acreditar. Eu tive um fígado de oito quilos, era uma metástase, apareceu no apêndice, foi minando meu fígado com o tempo. Na primeira cirurgia, fiz a biopsia e tive uma hemorragia”, contou ele no programa Encontro com Fátima Bernardes.
Porém, durante todo o tempo em que ficou em tratamento, o artista não parou de trabalhar. “Vinte dias depois de operar o apêndice, eu estava no teatro fazendo espetáculo. 28 dias depois do transplante de fígado eu estava dirigindo a peça do Marquinhos [Marcos Veras]”, continuou ele, que na época ainda rodou o filme Heleno e foi diagnosticado como paciente em estado terminal. “As pessoas iam me visitar para se despedir e eu não sabia. Eu só queria saber de filmar. Quando sai perguntei se podia gravar o filme, a médica disse que sim. Quando eu saí de casa, um cara botou a arma na minha cabeça [durante um assalto na região do Flamengo] e naquele momento eu tive a certeza de que não ia morrer. Ai eu continuei a viagem e fui filmar. Foi muito bacana porque, no meu personagem, eu cuido do Heleno. Eu sou o irmão que cuida. E quem cuidou de mim foi o Rodrigo [Santoro] no set”.
Além do filme Heleno, protagonizado por Rodrigo Santoro, o artista aproveitava o tempo de realização dos exames para passar o texto de O Palhaço, outro longa no qual trabalhou durante o período em que estava doente.
Duda Ribeiro contou com o carinho da família e dos amigos. “Eu recebi muita energia positiva. Essa corrente nos dá uma força enorme para lutarmos não só pela gente, mas pelos outros. Estou aprendendo uma coisa muito importante: a viver o dia de hoje. Sempre planejei a minha vida para o futuro e nunca vivi o dia de hoje. Amanhã a Deus pertence. Eu sou uma pessoa de fé”, finalizou.
A primeira internação do ator aconteceu em fevereiro de 2010, quando teve uma inexplicável queda de plaquetas, e teve alta alguns dias depois. Passado um ano, ele foi submetido a um transplante de fígado e, em maio do mesmo, retornou aos palcos, totalmente curado.
