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AFINADO CLÃ DO ATOR CARLOS VEREZA

A PAIXÃO PELA DRAMATURGIA E PELA MÚSICA É COMPARTILHADA POR FILHAS E NETA

Redação Publicado em 16/10/2006, às 17h36

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O ator de Sinhá Moça e a banda: a neta (pandeiro), as filhas Larissa (violino) e Diana (piano), e o genro Emyliano (acordeom)
O ator de Sinhá Moça e a banda: a neta (pandeiro), as filhas Larissa (violino) e Diana (piano), e o genro Emyliano (acordeom)
por Adriana Pizzoti Na novela Sinhá Moça, o abolicionista Augusto, personagem de Carlos Vereza (67), é capaz de tudo pela neta Juliana, vivida por Vanessa Giácomo (23). Na vida real, o ator mantém a mesma relação extremada com as duas filhas, Diana (10), da união com a atriz e cantora Andréa Ferreira (37); e Larissa (25) - com a artista plástica Delma Godoy (52) -, além da netinha, Dominique (6), filha de Larissa. "Sou um pai chiclete, aquele que gruda. Sempre fui assim", admite ele, cercado pela prole, na casa da primogênita, no Rio. Casado há seis anos com a jornalista Vanessa Mazzari, Vereza costuma reunir o clã em almoços regados a música, um dos passatempos prediletos da família, que forma uma verdadeira banda: Vereza na flauta, Diana no piano, Larissa no violino, Dominique no pandeiro e Emyliano Ruchel (25), marido de Larissa, no acordeom. Além da paixão pela música, as meninas herdaram do pai o gosto pela dramaturgia. As duas são atrizes e contam com total apoio de Vereza. "Só faço questão de que elas façam testes, para evitar o nepotismo", afirma o ator, que em breve reunirá a prole também no palco, com a peça E O Vento Contou..., escrita e dirigida por Larissa, supervisionada por ele e com Diana, Dominique e Emyliano no elenco. "Pretendemos estrear no segundo semestre de 2007", planeja Larissa. - Ver as herdeiras seguindo seus passos o envaidece? - Gostaria que elas tivessem vida própria, mas, se escolheram a profissão, que façam o melhor. Fico feliz por servir de exemplo. - Também na música? - Sim. Adoro música, aprendi a tocar flauta com Altamiro Carrilho, em 1973. E, quando a família se reúne, é a deixa para ensaiarmos. - Como é o Vereza pai? - Nada austero, até deveria ser mais (risos), sou movido a carinho e a amor. Acho que não sei educar, vou falando, conversando... - Prefere dirigir ou atuar? - Atuar. Descobri esta profissão por acaso. Estava na antiga TV Tupi quando um diretor passou e disse que precisava de um figurante. Eu me ofereci e lá se vão 47 anos... - Já teve vontade de desistir? - Já, porque a profissão ficou muito vulnerável. Qualquer um é ator. Não recrimino isso, mas é preciso estudar, ler, se aprimorar... - Além de E O Vento Contou... há outros projetos em família? - Sim. Ano que vem farei um recital de poesias com Larissa, Emyliano e Diana e pretendo estrear a peça No Passarán, que será minha volta aos palcos após 20 anos. - Por que todo esse tempo? - Em 1992, numa gravação de Delegacia de Mulheres, fui atingido por um tiro de festim perto do rosto e tive labirintite. Fiquei dois anos e meio em depressão, desacreditado, quando uma tia me indicou o Lar Frei Luiz (centro espírita carioca). Cheguei lá de cadeira de rodas, no fundo do poço. Achava que nunca mais voltaria a atuar, pois poderia ter uma crise no meio do palco. Mas, agora, este medo está passando, graças a Deus. Produção: Neca Ponichi; Beleza: Duh.FOTOS: CASSIANO DE SOUZA / CBS IMAGENS