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Olhar de Gloria Maria pela Europa: “Lição de humildade"

Em viagem a Montenegro e Áustria, repórter fala de racismo e conquistas

CARAS Digital Publicado em 18/09/2015, às 11h12 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Glória Maria em Montenegro - Arquivo Pessoal
Glória Maria em Montenegro - Arquivo Pessoal

Através de reportagens nesses mais de 37 anos de Globo,  Gloria Maria já levou o telespectador a embarcar em roteiros fantásticos ao redor do mundo. “Viajar é vida, cultura, aprendizado. Volto melhor a cada vez, é uma lição de humildade, bota o pé no chão, porque você acaba tendo noção de que não sabe nada, de que estamos sempre aprendendo”, diz ela, substituindo este mês Sérgio Chapelin (74), que está de férias, à frente do Globo Repórter, atração da qual é repórter especial desde 2010. Entre os roteiros recentes, idas a Montenegro, nos Bálcãs, e à Áustria, país da Europa Central. A última parada irá ao ar no programa dessa sexta- feira, dia 18. “Encanta pela música, cultura, tradição, histórias do império austro-húngaro. A Universidade de Salzburgo tem como reitora uma brasileira, mostro também essas ligações com o nosso País”, explica.

– Que local falta conhecer?
– Muita coisa, o mundo é enorme. Tem parte da África que não fui, Leste Europeu, Cazaquistão... Mas sou louca mesmo para conhecer o espaço. Nós íamos este ano pela Virgin Galactic, mas, no último teste, simplesmente, a nave explodiu. Foi um sonho adiado, mas que pretendo realizar antes de parar de trabalhar.

– Como avalia a sua carreira?
– Só tenho alegrias, não estaria tanto tempo em um lugar se houvesse mágoa. Na TV Globo consigo realizar os meus sonhos, estou sempre sendo desafiada e me desafiando. Ali, o meu talento é reconhecido. Já recebi dezenas de propostas de outras emissoras, mas nunca quis nem conversar, porque aqui fiz meu nome, cresci, me tornei mulher, mãe...

– Você foi a primeira repórter negra da TV. Hoje, há outros  novos rostos brilhando como a Maju, do Jornal Nacional...
– Acho maravilhoso poder abrir caminhos. Cada vez deve-se ter mais negros, profissionais como eu e a Maju, agora. Isso é a prova de que a Globo está sempre apostando e acreditando em pessoas e que para a emissora a diversidade é importante. Se você olhar, a TV brasileira é uma televisão branca, há poucos repórteres e apresentadores negros com projeção. A Globo é exceção à regra. Então, me orgulho de ter sido pioneira e digo que é algo devagar, demora, porque o preconceito é uma coisa real. Mas a cada dia, ano, a gente está superando e isso só acontece com o trabalho. Com mágoa, você não chega a lugar nenhum.

– Como estão as suas filhas, Laura, de 6, e Maria, de 7?
– Em uma fase maravilhosa. As duas estão estudando, fazem natação, balé, futebol, são meninas vivas, ativas, inteligentes. Fui abençoada por Deus! Elas só me dão alegrias. E por estar assim, tão realizada internamente com minhas filhas, posso fazer o meu trabalho bem, feliz e mostrar um resultado que o telespectador goste.