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TV / De coração aberto!

Thaila Ayala publica texto emocionante: ''Não vale a pena viver essa vida sem a dor da despedida''

Thaila Ayala escreve desabafo emocionante sobre seus vínculos afetivos

CARAS Digital Publicado em 04/11/2020, às 12h50 - Atualizado às 13h26

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Thaila Ayala escreve desabafo emocionante sobre seus vínculos afetivos - Reprodução/Instagram
Thaila Ayala escreve desabafo emocionante sobre seus vínculos afetivos - Reprodução/Instagram

Thaila Ayalanão esconde o quanto gosta de dividir um pouco de sua sabedoria com seus seguidores.

Nesta quarta-feira, 4, a musa emocionou a web ao escreveu um lindo desabafo sobre seus próprios vínculos afetivos.

Na mensagem, Thaila revelou que sempre teve dificuldade em lidar com as implicações de construir relações fortes de amor e amizade, deixando claro que atualmente compreende a importância destes laços.

''Sempre tive um sério problema pra despedidas, que nunca soube dizer tchau, não contava para as pessoas que dia ia, nem pra onde, simplesmente ia, o “até logo” sem saber quando seria esse “logo” sempre me angustiou a ponto de criar outras realidades na minha cabeça. Aprendi a bloquear meus sentimentos desde muito pequena, preferia não sentir pra não sofrer depois, preferia não criar laços pra que não houvessem despedidas por onde eu passei.Talvez seja por não ter tido a chance de me despedir quando com 15 anos fugi de casa no interior de Sp pra tentar a vida na cidade grande. Entrar num ônibus sozinha pra nunca mais voltar, deixando pra trás a família, a escola, os amigos, tudo o que conhecia rumo ao desconhecido, a solidão, ao perigo, a fome, a tristeza e tantas vezes a desesperança...'',relatou a atriz.

''Como foi difícil ser apenas uma menina cheia de sonhos, perambulando por uma cidade grande e fria como São Paulo.
Por anos vivi sem a previsão de quando poderia ver a minha família de novo, ou pagava o ônibus ou pagava a comida, conseguia vê-los 1 vez no ano e teve vezes que nem isso.Assim fui levando a minha vida por anos, fechada, fazendo o possível pra endurecer meu coração, tentava falar o menos possível com a família pra não sofrer, tentava ir cortando todo laço afetivo pq ser sozinha me parecia ser mais fácil naquele momento.Me fechando pra amizades, pra tudo e absolutamente todos, os que conseguiam se relacionar comigo sempre tinham menos da metade de mim e quando ultrapassavam esse lugar eu logo tratada de destruir tudo pq não sabia lidar com a possível perda que na minha cabeça tinha data pra acontecer''
, explicou ela.

''Levei MUITOOO tempo, aliás tempo demais da conta numa vida tão curta pra entender que sozinha é ruim demais, que não vale a pena viver essa vida sem a dor da despedida, sem os laços que nos mantém vivos.Que entregar só metade de você faz com que você só viva e receba pela metade e que metade é pouco demais, que merecemos tudo inteiro, que transbordar é a melhor sensação do mundo.Esse texto é pra todos que escolheram estar do meu lado nessa trajetória mesmo tendo tão pouco de mim por tanto tempo, me ajudando a enxergar a beleza de ser inteiro. Amo vocês'', finalizou, completando a publicação com uma linda imagem em que surge cercada por pessoas queridas e muito amor.

Confira:

TEXTÃO Sempre tive um sério problema pra despedidas, que nunca soube dizer tchau, não contava para as pessoas que dia ia, nem pra onde, simplesmente ia, o “até logo” sem saber quando seria esse “logo” sempre me angustiou a ponto de criar outras realidades na minha cabeça. Aprendi a bloquear meus sentimentos desde muito pequena, preferia não sentir pra não sofrer depois, preferia não criar laços pra que não houvessem despedidas por onde eu passei. Talvez seja por não ter tido a chance de me despedir quando com 15 anos fugi de casa no interior de Sp pra tentar a vida na cidade grande. Entrar num ônibus sozinha pra nunca mais voltar, deixando pra trás a família, a escola, os amigos, tudo o que conhecia rumo ao desconhecido, a solidão, ao perigo, a fome, a tristeza e tantas vezes a desesperança... Como foi difícil ser apenas uma menina cheia de sonhos, perambulando por uma cidade grande e fria como São Paulo. Por anos vivi sem a previsão de quando poderia ver a minha família de novo, ou pagava o ônibus ou pagava a comida, conseguia vê-los 1 vez no ano e teve vezes que nem isso. Assim fui levando a minha vida por anos, fechada, fazendo o possível pra endurecer meu coração, tentava falar o menos possível com a família pra não sofrer, tentava ir cortando todo laço afetivo pq ser sozinha me parecia ser mais fácil naquele momento. Me fechando pra amizades, pra tudo e absolutamente todos, os que conseguiam se relacionar comigo sempre tinham menos da metade de mim e quando ultrapassavam esse lugar eu logo tratada de destruir tudo pq não sabia lidar com a possível perda que na minha cabeça tinha data pra acontecer. Levei MUITOOO tempo, aliás tempo demais da conta numa vida tão curta pra entender que sozinha é ruim demais, que não vale a pena viver essa vida sem a dor da despedida, sem os laços que nos mantém vivos. Que entregar só metade de você faz com que você só viva e receba pela metade e que metade é pouco demais, que merecemos tudo inteiro, que transbordar é a melhor sensação do mundo. Esse texto é pra todos que escolheram estar do meu lado nessa trajetória mesmo tendo tão pouco de mim por tanto tempo, me ajudando a enxergar a beleza de ser inteiro. Amo vocês

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