CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

De volta à Globo, Márcio Kieling ainda é chamado de 'Perereca' e Zezé nas ruas

O ator mandou um e-mail para o autor e fez testes para 'Sol Nascente': "Saio à procura de trabalho sem problema nenhum", diz

Kellen Rodrigues Publicado em 12/09/2016, às 15h25

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Márcio Kieling - Gabriel Félix/Divulgação
Márcio Kieling - Gabriel Félix/Divulgação

Trezes anos após deixar a Globo, Márcio Kielingestá de volta à emissora como o marchand Bernardo em Sol Nascente. E para conseguir o papel o ator não se fez de tímido: mandou e-mail para o autor da novela, Walter Negrão, se colocando à disposição. Deu certo. 

"Não sou de ficar esperando as coisas baterem na minha porta, eu vou em busca. Isso é meu desde que cheguei no Rio com 18 anos. Saio à procura de trabalho sem problema nenhum", conta o ator, que passou por testes para entrar na novela das seis. "Como fiquei muito tempo na Record, as pessoas não conheciam esse meu perfil mais maduro", conta.

Hoje aos 38 anos, Márcio ainda é lembrado como Perereca (nas temporadas de 1999 e 2000 de Malhação) e Zezé Di Camargo no filme Dois Filhos de Francisco (2005). E no que depender de sua vontade, muitos novos personagens virão por aí. "Minha vontade é conseguir viver da minha arte até ficar velhinho, até não conseguir mais decorar texto", diz.

Veja o bate-papo com o ator!

- Como é o seu personagem, o Bernardo?
É um cara que trabalha com arte, descobridor do talento de artistas e colecionador, faz vernissages, exposições... É um cara misterioso que chega para balançar o coração da Yumi (Jacqueline Sato). Não posso contar muita coisa para não revelar o mistério dele.

- Mas ele é vilão ou bonzinho?
Acho que nós, seres humanos, temos o bem e o mal dentro da gente. É uma faca de dois gumes: o amor e o ódio andam juntos. Um homem vai achar ele um cara normal, uma mulher pode achar que ele é um vilão pela forma que ele conduz as relações dele, mas a princípio ele é bonzinho.

- Como foi sua preparação para o papel?
Conversei com marchand no Rio de Janeiro, visitei uma galeria em Copacabana, fiquei mais respirando arte. Quando viajo para algum lugar que tem museu, eu sempre visito. Gosto de artes, acabou que já fiz um laboratório durante a vida para esse personagem.

- Foi você mesmo que procurou o autor para pedir um papel na novela?
Mandei um e-mail para o Walter Negrão. Não tinha intimidade com ele, mas como sou workaholic mandei o e-mail. Ele generosamente me respondeu, passando para a Frida Richter (produtora de elenco). Fiz os testes. Os personagens já tinham sido preenchidos com atores contratados da Globo, mas surgiu esse personagem novo para a trama e ela pensou em mim. Não sou de ficar esperando as coisas baterem na minha porta, eu vou em busca. Isso é meu desde que cheguei no Rio com 18 anos. Saio à procura de trabalho sem problema nenhum.

- E mesmo sendo veterano, como foi fazer os testes?
Foi normal, de boa. O ator está acostumado a fazer testes. Estava fazendo sem compromisso, sem competir com ninguém, estava ali para mostrar meu trabalho. Como fiquei muito tempo na Record, as pessoas não conheciam esse meu perfil mais maduro. Fiquei afastado durante 13 anos. Voltar à Globo onde comecei a minha carreira está sendo especial. Encontro muita gente com quem trabalhei na época de Malhação, as pessoas ficam felizes que eu tenha voltado. É bacana você ver que é bem quisto no lugar que você passou.

- É verdade que até hoje você é chamado de Perereca e Zezé Di Camargo nas ruas?
A carreira de ator é feita disso, de personagens que marcaram. Esses são dois personagens que andam comigo quase que diariamente... Quando não lembram de mim pelo Perereca, lembram do Zezé Di Camargo. Tenho amigos que me chamam de Zezé (risos).

- Qual a diferença do Márcio lá de Malhação para o de hoje?
O tempo faz com que a gente amadureça, comigo não foi diferente. Me formei em cinema, hoje sou cineasta e posso me atrever a dirigir algumas coisas. Acredito que o amadurecimento seja uma dádiva. Se eu tivesse aos 20 anos a cabeça que tenho hoje eu estaria em Hollywood (risos). O tempo faz com que  as pessoas só melhorem, como ser humano e como ator também. Tenho essa ideia que na vida a gente tem que crescer pessoal e espiritualmente, deixar boas coisas.

- Quais seus próximos planos?
Agora é dedicação total à novela, estou focado bonitinho. Depois que terminar eu vejo o que fazer. Minha vontade é conseguir viver da minha arte até ficar velhinho, até não conseguir mais decorar texto. Acredito que os personagens que escolhem a gente, o que vier eu estou pronto para encarar e corresponder da melhor maneira possível.