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Amizade pode virar amor? Claro que pode. Veja os cuidados necessários a tomar

Marcos Ribeiro Publicado em 16/04/2014, às 16h28 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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A música Velha Infância, do grupo Tribalistas, lhe dará uma ideia do tema deste artigo. A canção diz o seguinte: “Eu gosto de você/ E gosto de ficar com você/ Meu riso é tão feliz contigo/ O meu melhor amigo/ É o meu amor...”. Viu qual é? Trata-se de uma história vivida por muita gente. Traduz o sentimento daqueles que, de uma hora para outra, se veem envolvidos com o melhor amigo, ou a melhor amiga, seja na vida real, seja conhecendo-se em trocas de ideias e confidências pelo WhatsApp, por exemplo. É o amor se intrometendo em uma gostosa amizade.

Mas como ter certeza de que isso está mesmo ocorrendo? Por mais que sejam amigos, a linguagem corporal da amizade e do amor — ou da paixão — dá sinais diferentes: o olhar, as expressões do rosto e os toques acontecem de outro jeito. É uma emoção e uma química que ultrapassam a simples presença de amigos. É o desejo de querer mais.

Na prática, é mais ou menos assim: sabe aquele olhar “de peixe morto”, paralisado? É o resultado do olhar que fica mais sedutor e com encantamento. Surge uma risada “solta”, do nada, sugestiva de que tudo que a outra pessoa fala é motivo de admiração. Há uma mudança na atitude, como ir à casa da pessoa sem nenhum objetivo específico. É a vontade de querer estar sempre junto.

A admiração pelo outro — suas ideias e o jeito de ser — pode transformar essa relação sem que a pessoa perceba. Mas aí é que é preciso acender o alerta: nem sempre os melhores amigos, ou as melhores amigas serão os maiores amores. Se um deles estiver passando por um período de carência, solidão ou sofrendo uma perda recente, psicologicamente pode confundir as relações, achando que aquela pessoa pode suprir essa falta. Amigo ou amiga que dá colo não significa que é quem vai amá-lo ou amá-la, ou por quem você vai se apaixonar.

O que fazer, então? Qual o momento certo para falar? Se houver percepção de que o interesse é de ambos, quem tiver mais coragem deve demonstrar que está interessado ou interessada também. Provocar a reação mais amorosa do amigo ou da amiga. Caso tenha  dúvida, deve aumentar os sinais, dando alguns toques para ver se está na mesma sintonia. Mas, se entender que o interesse é só do lado de cá e isso está tomando proporções difíceis de controlar, deixando ansioso ou ansiosa, acredito que os dois caminhos a seguir são: dar um tempo, se afastando no primeiro momento; ou conversar claramente com a pessoa e falar desse amor.

No caso da primeira  decisão, pode se arrepender do que poderia ter sido, das experiências não vividas, já que o amigo ou a amiga, após a “confissão”, poderia olhá-lo ou olhá-la de outro jeito. Mas é suposição e a decisão é pessoal. A segunda, buscar conversar, pode ajudar a esclarecer sentimentos tão confusos. Nesse caso, pode correr tudo bem ou criar um clima desconfortável, acabando com a amizade, ao perceberem que é difícil viver juntos quando cada um sente um desejo diferente pelo outro. Mas uma coisa não é suposição: os dois caminhos definem a situação, põem um limite, deixam tudo às claras e, o mais importante, deixam ambos — ou um dos dois — livres para encontrar e viver o grande amor. Porque nascemos para viver como as meias, aos pares.